Seja bem-vindo à nossa série de 10 episódios sobre a doença de Alzheimer, uma das condições neurológicas mais comuns e desafiadoras do mundo.
Nesta série, vamos explorar diversos aspectos dessa doença, desde os seus sintomas e diagnóstico até os tratamentos e cuidados disponíveis.
Vamos também desmistificar algumas informações falsas ou equivocadas que circulam na internet e apresentar as últimas novidades e avanços na pesquisa científica sobre o tema.
Mas afinal, o que é a doença de Alzheimer? Como ela se manifesta? Quais são as suas causas e fatores de risco?
Essas são algumas das perguntas que vamos responder neste primeiro episódio da nossa série. Acompanhe!
A Doença de Alzheimer.
A doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que causa perda progressiva de funções cognitivas, como memória, raciocínio, linguagem e orientação.
Também provoca alterações de comportamento e personalidade, afetando a capacidade funcional e a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares.
A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência, sendo responsável por mais de 60% dos casos. A demência é um termo genérico que se refere a um conjunto de sinais e sintomas que indicam a perda de funções mentais. Existem vários tipos de demência, como:
- Demência vascular;
- Demência por corpos de Lewy;
- Demência frontotemporal;
- Outras.
Mas a doença de Alzheimer é a mais frequente e conhecida.
A doença de Alzheimer foi descrita pela primeira vez em 1906 pelo médico alemão Alois Alzheimer, que observou as alterações cerebrais em uma paciente com demência. Desde então, muitos estudos foram realizados para entender melhor essa condição, mas ainda há muitas incertezas e desafios para o seu diagnóstico, tratamento e prevenção.
Primeiros Sinais.
Os primeiros sinais da doença de Alzheimer podem surgir anos antes do diagnóstico definitivo, mas costumam passar despercebidos ou serem confundidos com o envelhecimento normal ou com outras condições como estresse, depressão ou ansiedade.
Esses sinais podem servir de alerta para que o paciente ou os seus familiares procurem ajuda médica o quanto antes.
Alguns dos primeiros sinais da doença de Alzheimer são:
- Esquecimento frequente ou persistente de fatos ou informações recentes;
- Dificuldade para se concentrar, planejar, organizar ou expressar-se;
- Desinteresse ou desmotivação por atividades que antes eram prazerosas ou importantes;
- Mudança sutil do humor ou da personalidade, podendo ficar mais irritado, ansioso, triste ou apático;
- Desorientação temporal ou espacial, podendo se confundir com datas, horários ou lugares;
- Perda da iniciativa ou da independência para realizar tarefas habituais.
Esses sinais podem variar conforme o perfil e o estilo de vida de cada pessoa. Eles não significam necessariamente que a pessoa tem Alzheimer, mas devem ser investigados por um médico especialista para descartar outras possíveis causas.
Sintomas.
Os sintomas da doença de Alzheimer são aqueles que se manifestam quando a doença já está instalada e diagnosticada. Eles são decorrentes da degeneração progressiva das células cerebrais e afetam as funções cognitivas, comportamentais e funcionais do paciente.
O sintoma mais característico da doença de Alzheimer é a perda de memória recente, ou seja, a dificuldade para lembrar fatos ou informações que acabaram de acontecer ou foram aprendidas há pouco tempo. Por exemplo, o paciente pode esquecer o nome de uma pessoa que acabou de conhecer, o que almoçou ou onde guardou um objeto.
Esse tipo de perda de memória é persistente, progressivo e interfere nas atividades diárias do paciente. Com o avanço da doença, a memória para fatos mais antigos também é afetada, podendo o paciente esquecer de pessoas, lugares ou acontecimentos importantes da sua vida.
Além da perda de memória recente, outros sintomas podem surgir ao longo da evolução da doença, como:
- Repetição da mesma pergunta ou história várias vezes;
- Dificuldade para acompanhar, resolver ou expressar-se em situações complexas;
- Dificuldade para realizar tarefas familiares ou rotineiras;
- Dificuldade para reconhecer rostos, lugares ou objetos;
- Confusão ou desorientação sobre tempo, espaço ou identidade;
- Alterações de humor, personalidade ou comportamento;
- Irritabilidade, agressividade, apatia ou isolamento social;
- Alucinações, delírios ou paranoia.
Os sintomas da doença de Alzheimer podem variar conforme o estágio da doença (inicial, moderado ou grave) e as áreas do cérebro afetadas. Em geral, os sintomas se tornam mais evidentes e incapacitantes com o passar do tempo.
Causas e os Fatores de Risco.
A causa exata da doença de Alzheimer ainda é desconhecida, mas acredita-se que envolva uma combinação de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida. A doença se deve a um processamento anormal de certas proteínas do sistema nervoso central, que formam placas e emaranhados nas células cerebrais, levando à sua degeneração e morte.
Os fatores de risco mais importantes para a doença de Alzheimer são:
- Idade: a doença geralmente tem início em pessoas com idade superior a 65 anos, embora 4 a 5% dos casos sejam de início precoce. A doença afeta cerca de 6% das pessoas com 65 ou mais anos de idade.
- História familiar: a presença de certos genes, como o APOE4, aumenta o risco de desenvolver a doença, especialmente nos casos de início precoce.
Outros fatores que podem influenciar o risco de desenvolver a doença de Alzheimer são:
- Baixo nível educacional;
- Traumatismo craniano;
- Doenças cardiovasculares;
- Diabetes;
- Obesidade;
- Tabagismo;
- Sedentarismo.
Esses fatores podem afetar a saúde cerebral e vascular, favorecendo o processo degenerativo.
Por outro lado, alguns fatores que podem proteger contra a doença de Alzheimer são:
- Atividade física regular;
- Alimentação saudável;
- Estimulação cognitiva;
- Interação social;
- Controle dos fatores de risco modificáveis.
Esses fatores podem melhorar a reserva cognitiva e a plasticidade cerebral, retardando o início ou a progressão da doença.
Conclusão
Neste primeiro episódio, você aprendeu o que é a doença de Alzheimer, como ela se manifesta, quais são as suas causas e como preveni-la ou retardá-la. Esperamos que este episódio tenha sido útil e esclarecedor para você.
Lembre-se que as informações desta série são baseadas em fontes confiáveis, mas não substituem a orientação médica. Se você tem dúvidas ou suspeitas sobre a doença de Alzheimer, procure um médico especialista.
Esperamos que você tenha gostado deste primeiro episódio e que ele tenha contribuído para o seu conhecimento sobre a doença de Alzheimer.
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By IDFM
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