O Mistério do San Juan: O Submarino Argentino que Sumiu sem Deixar Rastros

conheça a história do San Juan, o submarino argentino que sumiu sem deixar rastros em 2017, com 44 tripulantes a bordo. Saiba como foi o desaparecimento, a busca e a incerteza.

Neste episódio da nossa série Submarinos Perdidos, vamos contar a história do San Juan, um submarino argentino que sumiu sem deixar rastros em 2017, com 44 tripulantes a bordo. Foi um dos maiores mistérios navais da história e uma grande dor de cabeça para a Argentina, que enfrentou dificuldades para localizar e resgatar a embarcação.

O Submarino Modernizado

O San Juan era um submarino da classe TR-1700, com 66 metros de comprimento e equipado com 22 torpedos e um míssil Exocet. Era considerado um dos mais modernos da América do Sul e capaz de operar em águas profundas e rasas. A bordo estavam 44 marinheiros, entre eles a primeira mulher submarinista da Argentina, Eliana Krawczyk. O submarino foi construído na Alemanha em 1985 e incorporado à Marinha da Argentina em 1986. Entre 2008 e 2014, passou por um processo de reparação e modernização na Argentina, que incluiu a substituição das baterias e a atualização dos sistemas de navegação e comunicação.

O Desaparecimento Súbito

No dia 13 de novembro de 2017, o San Juan partiu da base naval de Ushuaia, no extremo sul da Argentina, rumo à base naval de Mar del Plata, a cerca de 400 quilômetros ao sul de Buenos Aires. A viagem fazia parte de uma missão de vigilância na zona econômica exclusiva da Argentina, onde o submarino deveria monitorar as atividades de pesca ilegal.

No dia 15 de novembro de 2017, às 7:30h da manhã, o comandante do submarino informou à base naval que havia ocorrido uma entrada de água pelo sistema de ventilação, que provocou um curto-circuito e um princípio de incêndio em uma das baterias. Ele disse que o problema havia sido resolvido e que o submarino seguia normalmente em imersão rumo a Mar del Plata. Esse foi o último contato do San Juan com as autoridades argentinas.

Às 10:31h daquele mesmo dia, uma estação hidroacústica registrou uma anomalia hidroacústica compatível com uma explosão na área onde o submarino navegava, a cerca de 430 quilômetros da costa argentina. No entanto, essa informação só foi divulgada uma semana depois pelo governo argentino, que inicialmente negou a possibilidade de uma explosão.

A Busca Infrutífera

A Marinha da Argentina iniciou as buscas pelo submarino no dia 16 de novembro de 2017, após não conseguir restabelecer contato com a embarcação. A operação contou com a ajuda de vários países, incluindo o Brasil, os Estados Unidos, o Reino Unido e a Rússia, que enviaram navios, aviões e equipamentos especializados para rastrear o fundo do mar.

As buscas enfrentaram vários obstáculos, como as más condições climáticas na região, as correntes marítimas que poderiam ter deslocado o submarino, a falta de precisão sobre a localização exata da embarcação e a escassez de recursos da Marinha argentina. Além disso, houve falhas de comunicação e coordenação entre as autoridades argentinas e os países colaboradores, que geraram confusão e desconfiança.

As famílias dos 44 tripulantes do San Juan acompanharam angustiadas as buscas e protestaram contra o governo argentino, acusando-o de ocultar informações, demorar para pedir ajuda internacional e abandonar os seus entes queridos. O presidente Mauricio Macri prometeu esclarecer o que aconteceu com o submarino e responsabilizar os culpados pelo acidente.

As buscas pelo submarino duraram mais de um ano, sem sucesso. Em novembro de 2018, o governo argentino encerrou o contrato com a empresa norte-americana Ocean Infinity, que havia sido contratada em agosto daquele ano para continuar as buscas com um navio equipado com veículos submarinos não tripulados. A empresa disse que havia vasculhado toda a área onde o submarino poderia estar, mas não encontrou nenhum vestígio da embarcação.

A Incerteza Permanente

O destino do San Juan e dos seus 44 tripulantes continua sendo um mistério até hoje. Nenhuma evidência concreta do submarino foi encontrada no fundo do mar, nem mesmo destroços ou corpos. As causas da explosão que teria provocado o naufrágio também são desconhecidas. Há várias hipóteses em aberto, como falha humana, defeito técnico, sabotagem ou ataque externo.

A tragédia do San Juan causou uma grande comoção na Argentina e no mundo. As circunstâncias do desaparecimento, as dificuldades das buscas, as contradições e omissões do governo argentino e o sofrimento das famílias dos marinheiros foram amplamente noticiados e questionados. A investigação judicial sobre o caso ainda está em andamento, mas sem avanços significativos. A esperança de encontrar o submarino e os seus tripulantes parece cada vez mais distante.

Esperamos que você tenha gostado deste episódio da nossa série Submarinos Perdidos. Se você achou este conteúdo relevante, por favor, curta, comente e compartilhe com os seus amigos. E não perca o próximo episódio, em que vamos contar a história do K-129, o submarino soviético que afundou em 1968 no Pacífico Norte, levando consigo segredos nucleares. Até lá!

By IDFM
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