USS Squalus: O Primeiro Resgate Submarino da História.

Um submarino em apuros

O USS Squalus era um submarino da Marinha dos Estados Unidos, lançado em 1938. Ele fazia parte de uma nova classe de submarinos, mais rápidos e modernos do que os anteriores. Ele tinha capacidade para 59 tripulantes e podia mergulhar até 75 metros de profundidade.

No dia 23 de maio de 1939, o USS Squalus estava realizando um teste de mergulho no Golfo do Maine, a cerca de 12 milhas da costa de Portsmouth, New Hampshire. O teste consistia em submergir e emergir rapidamente, usando as válvulas de lastro do submarino.

No entanto, algo deu errado durante o teste. Quatro das válvulas de lastro falharam em fechar, permitindo que a água entrasse no submarino. Em questão de segundos, o USS Squalus começou a afundar descontroladamente, atingindo o fundo do mar a 73 metros de profundidade.

Dos 59 tripulantes a bordo, 26 morreram afogados ou por asfixia. Os outros 33 conseguiram se refugiar na popa do submarino, onde havia ar suficiente para algumas horas. Eles não sabiam se alguém na superfície sabia do seu destino, nem se havia alguma chance de resgate.

Uma operação inédita

Por sorte, o USS Squalus conseguiu enviar um sinal de socorro antes de afundar. O sinal foi captado pelo USS Sculpin, outro submarino que estava na área. O USS Sculpin avisou a base naval mais próxima e iniciou as buscas pelo submarino desaparecido.

A Marinha dos Estados Unidos mobilizou uma grande operação de resgate, que envolveu navios, aviões e mergulhadores. O comandante da operação era o capitão Charles B. Momsen, um pioneiro no desenvolvimento de equipamentos e técnicas para salvamento submarino.

Momsen usou um dispositivo chamado sino de mergulho, que era uma câmara metálica com capacidade para oito pessoas. O sino de mergulho era conectado a um navio na superfície por um cabo e uma mangueira de ar. Ele podia descer até o submarino afundado e acoplar-se a uma escotilha de emergência, permitindo que os sobreviventes entrassem no sino e fossem içados à superfície.

Essa era uma técnica nunca antes usada em uma situação real. Havia muitos riscos e incertezas envolvidos. A pressão da água era muito alta, podendo causar danos ao sino ou ao submarino. A visibilidade era quase nula, dificultando a localização e a acoplagem do sino. Além disso, havia o perigo de que os sobreviventes sofressem embolia gasosa, uma condição potencialmente fatal causada pela rápida descompressão do ar.

Um resgate milagroso

A operação de resgate do USS Squalus durou mais de 30 horas e foi realizada em quatro viagens do sino de mergulho. A primeira viagem aconteceu na tarde do dia 23 de maio, resgatando sete homens. A segunda viagem aconteceu na manhã do dia 24, resgatando outros oito homens.

A terceira viagem foi a mais difícil e dramática. O sino de mergulho teve problemas para se acoplar ao submarino e ficou preso por mais de cinco horas. Os homens dentro do sino ficaram sem ar e sem comunicação com a superfície. Eles pensaram que iriam morrer ali mesmo.

Mas Momsen não desistiu. Ele ordenou que o navio na superfície puxasse o cabo com força, conseguindo soltar o sino do submarino. Ele também enviou ar comprimido pelo sino, evitando que os homens sufocassem. Finalmente, o sino emergiu com mais oito homens a bordo.

A quarta e última viagem aconteceu na tarde do dia 24, resgatando os dez homens restantes. Todos os 33 sobreviventes do USS Squalus foram salvos, em um feito histórico e heroico. Foi o primeiro resgate submarino bem-sucedido da história.

O USS Squalus foi posteriormente recuperado e reformado, recebendo o nome de USS Sailfish. Ele serviu na Segunda Guerra Mundial, afundando vários navios japoneses. Ele foi descomissionado em 1945 e vendido como sucata em 1948.

Neste episódio da série Submarinos Perdidos: Histórias de Sobrevivência e Tragédia, nós contamos a história do USS Squalus, o primeiro resgate submarino da história. Esperamos que você tenha gostado deste conteúdo e que ele tenha sido útil e informativo para você.

Se você gostou, por favor, curta, comente e compartilhe com seus amigos. E não perca o próximo episódio da série, que vai contar a história do Kursk: O Submarino Nuclear Russo que Explodiu. Até lá!

By IDFM 

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