Donanemab: a droga experimental que reduziu o declínio cognitivo em 35% para pacientes com Alzheimer leve a moderado

Você sabia que o Alzheimer é a sexta causa de morte no Brasil e afeta mais de 1,2 milhão de pessoas? Essa doença devastadora compromete a memória, o raciocínio e a personalidade dos pacientes, causando sofrimento para eles e seus familiares. Mas você não precisa aceitar esse destino. Existe uma nova droga que pode mudar radicalmente o cenário do Alzheimer e dar uma nova chance para os pacientes em estágios iniciais da doença.

O que é o donanemab?

O nome dela é donanemab e foi desenvolvida pela gigante farmacêutica Eli Lilly, uma das maiores e mais respeitadas do mundo. Ela é capaz de reduzir em 35% o declínio cognitivo e funcional dos pacientes com Alzheimer leve a moderado, de acordo com um estudo rigoroso publicado na renomada revista New England Journal of Medicine e apresentado na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer em San Diego, nos Estados Unidos.

O donanemab é um anticorpo intravenoso que visa remover os depósitos de uma proteína chamada beta amiloide do cérebro dos pacientes com Alzheimer. Esses depósitos são considerados uma das principais causas da doença, pois provocam inflamação e morte das células nervosas.

Como foi o estudo?

O estudo envolveu 272 pacientes com Alzheimer leve a moderado, que foram divididos em dois grupos: um que recebeu o donanemab e outro que recebeu um placebo. Os pacientes foram acompanhados por 18 meses e submetidos a testes cognitivos e exames de imagem cerebral.

Os pesquisadores observaram que o grupo tratado com o donanemab teve uma melhora significativa na memória, na linguagem, na orientação e na execução de tarefas em relação ao grupo placebo. Além disso, o donanemab reduziu os níveis de beta amiloide no cérebro dos pacientes, chegando a atingir o limiar considerado normal em 68% dos casos.

Como interpretar os resultados do estudo clínico?

Você deve estar se perguntando: por que algumas notícias dizem que a droga donanemab pode frear o Alzheimer em 60%, enquanto outros dizem que é em 35%?

A resposta é que esses percentuais se referem a diferentes grupos de pacientes que participaram do estudo clínico.

O percentual de 60% se aplica apenas a um subgrupo de 28% dos pacientes que tinham níveis baixos a intermediários de uma outra proteína chamada tau no cérebro. Essa proteína também está relacionada à progressão da doença de Alzheimer, pois forma emaranhados que prejudicam as células nervosas. Os pesquisadores acreditam que os pacientes com níveis mais altos de tau podem ter uma doença mais avançada ou resistente ao tratamento.

O percentual de 35% se aplica a todos os pacientes que receberam a droga donanemab, independentemente dos seus níveis de tau. Esse é o resultado mais confiável e relevante do estudo clínico, pois ele mostra o efeito médio da droga na redução do declínio cognitivo e funcional dos pacientes com Alzheimer leve a moderado.

Portanto, fique atento aos dados científicos e não se deixe levar por títulos exagerados ou incorretos. O donanemab é uma droga inovadora que ainda precisa ser aprovada pelas autoridades de saúde, mas ela já mostrou um potencial incrível para retardar o Alzheimer em alguns pacientes, e isso é motivo de celebração e esperança.

O que isso significa?

O donanemab é o primeiro medicamento que demonstra um efeito robusto na redução do declínio cognitivo e funcional e na limpeza da beta amiloide no cérebro dos pacientes com Alzheimer“, disse o Dr. Daniel Skovronsky, diretor científico da Eli Lilly, em um comunicado à imprensa.

Quais são os riscos?

Mas atenção: o donanemab não é uma cura milagrosa para o Alzheimer. Ele também apresentou alguns efeitos colaterais, como:

  • Inchaço cerebral
  • Dor de cabeça
  • Tontura
  • Náusea
  • Infecções do trato respiratório superior

Esses efeitos foram mais frequentes e graves nos pacientes com predisposição genética para desenvolver Alzheimer, conhecida como gene APOE4. Além disso, o donanemab não teve um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes ou nos sintomas comportamentais da doença.

Qual é o próximo passo?

O donanemab ainda não foi aprovado pelas agências regulatórias de saúde, como a FDA nos Estados Unidos ou a Anvisa no Brasil. Para isso, são necessários mais estudos que confirmem a segurança e a eficácia da droga em uma amostra maior e mais diversa de pacientes. A Eli Lilly planeja iniciar um novo ensaio clínico com cerca de 500 participantes ainda em 2023.

Qual é a situação no Brasil?

O donanemab ainda não está disponível no Brasil, pois ainda está em fase de testes e precisa ser aprovado pelas agências regulatórias de saúde.

No entanto, há alguns especialistas brasileiros que acompanham os estudos sobre essa droga e comentam sobre os seus potenciais benefícios e riscos para os pacientes com Alzheimer.

Um deles é o Dr. André Felicio, neurologista especialista em demência e consultor do site Minha Vida, que disse que o donanemab pode representar um avanço significativo no tratamento do Alzheimer, pois pode retardar a progressão da doença e preservar a função cognitiva dos pacientes em estágios iniciais. Ele também disse que o donanemab é uma droga promissora, mas ainda precisa ser testada em mais pessoas e por mais tempo para saber se ela realmente funciona e se é segura.

Outro especialista brasileiro que falou sobre o donanemab foi o Dr. Ricardo Nitrini, professor titular de neurologia da Faculdade de Medicina da USP e coordenador do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento do Hospital das Clínicas da FMUSP. Ele disse que o donanemab é uma droga muito interessante, mas que ainda há muitas dúvidas sobre a sua eficácia a longo prazo e os seus efeitos colaterais. Ele também disse que o donanemab não é uma cura para o Alzheimer, mas sim uma forma de retardar o seu avanço.

Conclusão

Agora você já sabe: existe uma nova droga que pode reduzir o declínio cognitivo em 35% para pacientes com Alzheimer leve a moderado e limpar a beta amiloide do cérebro. Essa é uma notícia que pode mudar a sua vida ou a de alguém que você ama.

Mas não perca tempo: essa droga ainda está em fase de testes e pode demorar a chegar ao mercado. Por isso, se você ou alguém que você conhece tem sintomas de Alzheimer, procure um médico imediatamente e faça um diagnóstico precoce. Quanto antes você começar o tratamento, maiores são as chances de preservar a sua saúde mental e a sua qualidade de vida.

Será que o donanemab pode ser a luz no fim do túnel para os pacientes com Alzheimer?

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By IDFM

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