Coworking no Brasil: como sobreviver e prosperar após o fracasso da WeWork

Como a crise da WeWork afetou o mercado de espaços compartilhados no Brasil e no mundo

O coworking é uma tendência mundial que consiste em compartilhar espaços de trabalho entre profissionais independentes, freelancers, startups e pequenas empresas. A ideia é reduzir custos, aumentar a produtividade, estimular a criatividade e promover o networking. 

No Brasil, o coworking vem crescendo nos últimos anos, acompanhando o aumento do empreendedorismo e da flexibilização do trabalho. Segundo o Coworking Brasil, existem mais de 1.400 espaços de coworking no país, distribuídos por 195 municípios e 26 estados.

No entanto, nem tudo são flores nesse mercado. A recente falência da WeWork, a maior empresa de coworking do mundo, levantou dúvidas sobre a viabilidade e o futuro desse modelo de negócio. A WeWork, que chegou a valer 47 bilhões de dólares em 2019, entrou em colapso após uma série de escândalos envolvendo o seu fundador e ex-CEO, Adam Neumann, e revelar prejuízos bilionários e uma gestão irresponsável. A empresa teve que cancelar a sua oferta pública de ações (IPO) e aceitar um resgate financeiro da SoftBank, o seu principal investidor.

A crise da WeWork expôs os riscos e os desafios do coworking, que depende de uma alta demanda por espaços flexíveis, de uma boa gestão financeira e operacional, e de uma diferenciação competitiva. 

Além disso, o coworking enfrenta a concorrência de outras alternativas de trabalho remoto, como o home office, os cafés, as bibliotecas e os hotéis. A pandemia d Covid-19 também afetou negativamente o setor, reduzindo a ocupação dos espaços e aumentando os custos de higiene e segurança.

Diante desse cenário, será que o coworking é um modelo de negócio fracassado e sem futuro? 

A resposta é não. Apesar das dificuldades, o coworking ainda tem muito potencial para se desenvolver e se adaptar às novas demandas do mercado. 

O coworking não é apenas um espaço físico, mas uma comunidade de pessoas que buscam colaboração, inovação e aprendizado. Ele oferece benefícios que vão além da economia de recursos, como o acesso a uma rede de contatos, a oportunidades de negócios, a eventos e a cursos. Também pode contribuir para o desenvolvimento social e ambiental, ao apoiar projetos locais, incentivar a mobilidade urbana e promover a sustentabilidade.

As tendências e perspectivas para o futuro do coworking no Brasil

Segundo uma pesquisa da Cushman & Wakefield, o Brasil é o segundo país da América Latina com maior potencial de crescimento para o coworking, atrás apenas do México. A expectativa é que o coworking se expanda para novas regiões, segmentos e públicos, atendendo desde profissionais liberais até grandes corporações. 

O coworking também deve se diversificar, oferecendo espaços temáticos, especializados e personalizados, de acordo com as necessidades e preferências dos clientes. Deve se tornar, cada vez mais, uma solução inteligente, prática e atraente para o trabalho do futuro.

Algumas das tendências que podem ser observadas no mercado de coworking no Brasil são:

  • Aumento da demanda por espaços híbridos, que combinam escritórios privados e compartilhados, permitindo mais flexibilidade e privacidade aos usuários.
  • Crescimento do número de espaços voltados para nichos específicos, como saúde, educação, moda, gastronomia, entre outros, que oferecem serviços e infraestrutura personalizados para cada segmento.
  • Expansão dos espaços para além das grandes capitais, atingindo cidades menores e regiões periféricas, onde há uma carência de opções de trabalho remoto e uma demanda por espaços de qualidade e acessíveis.
  • Integração dos espaços com a comunidade local, promovendo ações sociais, culturais e ambientais, e estimulando o desenvolvimento econômico e a inclusão social.
  • Inovação dos espaços com o uso de tecnologias, como inteligência artificial, internet das coisas, realidade virtual e aumentada, que facilitam a gestão, a segurança, a comunicação e a experiência dos usuários.

O coworking é uma forma de viver e trabalhar melhor

Portanto, o coworking não é um modelo de negócio fracassado e sem futuro, mas sim um modelo de negócio em transformação e evolução. 

O coworking é uma resposta às mudanças sociais, econômicas e tecnológicas que afetam o mundo do trabalho. Ele é uma oportunidade de criar valor, gerar impacto e fazer a diferença. 

O coworking é, enfim, uma forma de viver e trabalhar melhor.

E você, o que acha do coworking? Você já experimentou ou tem vontade de experimentar essa forma de trabalho? Você acha que o coworking tem futuro no Brasil e no mundo? Deixe o seu comentário, curta e compartilhe este artigo. Se você quiser saber mais sobre o assunto, acesse o link que me motivou a pesquisar e escrever este artigo: Why WeWork failed and what is next.

By IDFM

Na Vibe de Prometeu, o conhecimento te liberta.

Estamos no Google News, nas seguir e seja notificado sempre que houver uma nova publicação:
click agora 👉 https://news.google.com/s/CBIw6NGf108?sceid=BR:pt-419&sceid=BR:pt-419

Deixe um comentário