Pular sete ondas: a superstição que pode trazer sorte e renovação para o seu ano

Você já pulou sete ondas na praia na noite de Réveillon? 

Se sim, você é uma pessoa que segue uma das mais antigas e populares tradições brasileiras para celebrar a chegada de um novo ciclo. Mas você sabe de onde surgiu essa crença? Qual é o seu significado e origem? E como ela afeta a nossa vida e o nosso mundo? 

Neste artigo, vamos explorar essa superstição divertida e fascinante, e mostrar como ela pode influenciar o nosso comportamento e as nossas escolhas. Fique com a gente até o final e descubra se você deve ou não pular sete ondas.

O que é a superstição de pular sete ondas?

A superstição de pular sete ondas é uma crença popular que diz que pular sete ondas na praia na noite de Réveillon é um ritual de sorte, purificação e renovação. Essa superstição é muito antiga e tem origem na cultura afro-brasileira, especialmente na Umbanda, onde se homenageia Iemanjá, a orixá dos mares e dos oceanos. As sete ondas representam os sete sentidos da vida ou as sete qualidades de Deus, que são simbolizadas por sete orixás: Oxalá, Oxum, Oxóssi, Xangô, Ogum, Obaluaiê e Iemanjá. Além disso, o número sete também está ligado a Exu, o mensageiro, filho de Iemanjá.

Ao pular as sete ondas, acredita-se que se invoca os poderes de Iemanjá para abrir caminhos, quebrar obstáculos e trazer bênçãos para o ano que se inicia. A cada onda pulada, pode-se fazer um pedido ou uma prece, e depois sair do mar de frente, sem virar as costas para a orixá, para não atrair má sorte. Muitas pessoas também aproveitam para jogar flores, espelhos, perfumes e outros presentes para Iemanjá, como forma de agradecimento e devoção.

Como surgiu a superstição de pular sete ondas?

A origem da superstição de pular sete ondas é incerta, mas existem algumas hipóteses que tentam explicar como ela surgiu. Uma delas é que essa superstição tem origem na Umbanda, uma religião afro-brasileira que surgiu no final do século 19 e que mistura elementos do catolicismo, do espiritismo e de cultos africanos. A Umbanda tem uma forte ligação com a natureza e com os orixás, que são divindades que regem as forças da natureza e os aspectos da vida humana.

Um dos orixás mais importantes e venerados na Umbanda é Iemanjá, a mãe de todos os orixás e a rainha do mar. Iemanjá é a protetora dos pescadores, dos navegantes, das famílias, das crianças, dos amores e da fertilidade. Ela é celebrada no dia 2 de fevereiro, que marca o ano novo do Candomblé, outra religião afro-brasileira. Nesse dia, os devotos de Iemanjá fazem oferendas e procissões nas praias, pedindo saúde, paz, prosperidade e harmonia.

Outra hipótese é que essa superstição tem origem na cultura celta, que habitava a Europa antiga, especialmente a Irlanda, a Escócia e a Inglaterra. Os celtas eram um povo que tinha uma forte ligação com a natureza e com a magia, e que acreditava na existência de fadas, duendes, gnomos e outros seres encantados. Eles também tinham um grande respeito pelo mar, que era visto como uma fonte de vida, de mistério e de aventura. Os celtas celebravam o solstício de inverno, que ocorre no dia 21 de dezembro, como o início de um novo ciclo, e faziam rituais para agradecer aos deuses e aos espíritos da natureza.

Uma das deusas mais cultuadas pelos celtas era Morrigan, a deusa da guerra, da morte, da magia e do destino. Ela era associada ao mar, aos corvos e às vacas, e tinha o poder de mudar de forma e de prever o futuro. Ela era temida e respeitada, e muitas vezes era invocada pelos guerreiros celtas para lhes dar força e vitória nas batalhas. Alguns dizem que Morrigan é a origem de Iemanjá, pois ambas são deusas mães, ligadas ao mar e à fertilidade.

Quais são as mensagens ou lições que podemos aprender com a superstição de pular sete ondas?

A superstição de pular sete ondas pode nos ensinar algumas mensagens ou lições que podem ser úteis para a nossa vida e o nosso mundo. Algumas dessas mensagens ou lições são:

  • Sorte: devemos acreditar na sorte, mas não depender dela, pois ela é uma força que pode mudar a qualquer momento, e que não garante o nosso sucesso ou a nossa felicidade. A sorte é uma oportunidade que devemos aproveitar, mas também devemos trabalhar duro, ter mérito e fazer escolhas conscientes para alcançar os nossos objetivos.
  • Renovação: devemos buscar a renovação, mas não esquecer o passado, pois ele é uma fonte de aprendizado, de experiência e de memória. A renovação é uma mudança que devemos aceitar, mas também devemos preservar a nossa essência, a nossa identidade e a nossa história.
  • : devemos ter fé, mas não ser fanáticos, pois ela é uma força que nos inspira, nos conforta e nos orienta. A fé é uma crença que devemos respeitar, mas também devemos questionar, pois ela pode nos ajudar a crescer, a evoluir e a transformar.

Pular sete ondas é uma superstição divertida e fascinante, mas não deve ser levada a sério

Neste artigo, nós exploramos a superstição de pular sete ondas, que diz que pular sete ondas na praia na noite de Réveillon é um ritual de sorte, purificação e renovação. Nós vimos que essa superstição tem origem na cultura afro-brasileira, especialmente na Umbanda, onde se homenageia Iemanjá, a orixá dos mares e dos oceanos. 

Mas será que pular sete ondas realmente traz sorte e renovação? Ou será que ele é apenas um costume divertido e simbólico, que nos faz sentir bem e esperançosos? A resposta pode depender da nossa crença, da nossa interpretação e da nossa atitude. 

O que sabemos é que a sorte e a renovação dependem mais de nós do que do mar, e que nós somos os responsáveis pelo nosso destino e pela nossa felicidade. Pular sete ondas é uma superstição divertida e fascinante, mas não deve ser levada a sério. 

O que importa mesmo é a nossa vontade, a nossa ação e a nossa reação. Pular sete ondas é um ritual que pode nos inspirar e nos motivar, mas também devemos buscar a nossa própria sorte, a nossa própria renovação e a nossa própria fé.

A sorte e a renovação estão dentro de você, não nas ondas.

Se você gostou deste artigo, não deixe de curtir, comentar e compartilhar. E fique atento para os próximos artigos da série Superstições: como elas afetam a nossa vida e o nosso mundo

By IDFM

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