Não Tem Bola de Cristal: Avaliação De Previsões

bola de cristal

Neste artigo, ‘Não tem bola de cristal’, resolvi fazer uma avaliação da evolução dos assuntos de alguns Posts que fiz desde 2010, começando com, WikiLeaks – Que Diabo é isso?, publicado quando veio à tona as revelações do WikiLeaks.

Naquela ocasião, eu imaginava que a “onda” de revelações se tornaria corriqueira e seria responsável  em reescrever  muitas “verdades”.
 
Entendia também que mesmo se houvesse a tentativa de tirar do ar o WikiLeaks, outros surgiriam.
 
E não tem sido diferente desde então, basta lembrar a revelação do programa de vigilância do governo dos Estados Unidos (NSA) feita em 2013 por  Edward Snowden e o  recente caso denominado de Panamá Papers, ainda pouco explorado mas que já expôs muitos poderosos e celebridades que estão tendo de reescrever suas verdades.
 
Ainda naquela época, quando as revelações estavam agitando o mercado, publiquei outro (E agora José? ) que ousei em imaginar um futuro em que:
 
  • O mercado de trabalho para os Hackers ficaria em alta;
  • A Ciber-contra-espionagem iria se tornar obrigatória por  questões estratégicas e de sobrevivência;
  • O conceito do Wikileaks moldaria um novo segmento de negócio;
  • As empresas passariam a ter obrigatoriamente centros de controles (OLCC) para “Bisbilhotar” e se tornarem competitivas;
 
Observando agora como o mercado vem direcionando seus esforços, como as empresas e organizações estão se posicionando e se estruturando no contexto de segurança de uma forma geral, passados 6 anos, é surpreende observar o quanto de visionário estava sendo  nas minhas publicações naquela época.
 
Alguns exemplos podem confirmar os acertos, vejamos:
 
  • Hacker em Alta – Diferente do  romantismo da década de 80/90, que tinham nas suas atividades o pretexto  de  “diversão” e desafio de geração,  nos dias de hoje existem grandes oportunidade de projeção pessoal ( mesmos desejos da época romântica) com a garantia de ganhos financeiro. Resolvendo atuar no  “lado do bem da força” , o “dinheiro é limpo, legal e divertido”. É desta forma que estão surgindo os autônomos e solitários caçadores de recompensa e nas empresas, os especialistas de segurança,  “hacker do bem”, cada vez mais cobiçados e disputados por elas. Da mesma forma, do outro lado da força,  existem as oportunidades de atividades de espionagem empresarial, do cidadão (bisbilhotice) e de organizações (políticas, religiosas, etc) que fazem movimentar o  “mercado de ética nebulosa” que  proporcionam também altos ganhos financeiros para revelar “segredos” e informações estratégicas. Sem falar de atividades totalmente criminosa de desvio e roubo (boleto falso, clonagem de cartões, senhas bancárias, etc) e do surgimentos de novos métodos a cada dia, a exemplo o mais recente, “Sequestro de dados”.
 
  • Novo segmento de negócio – além das empresas de segurança cibernética, surge a versão empresarial dos “caçadores de recompensas”, com os especialistas organizados na forma de “empresa tradicional” ou de “empresa colaborativa”, voltadas para “caçar” de forma “compartilhada” as vulnerabilidades, falhas (bugs) e qualquer outros meios que levam aos riscos de continuidade, de sabotagem e perdas ao negócio das empresas, clientes e cidadãos de forma geral, sendo remuneradas pelas revelações das descobertas.
 
  • Centros de Controle de Segurança – Cada dia mais as empresas estão implantando áreas de segurança numa posição estratégica do organograma, atuando como “serviço de inteligência” da organização. Estão se capacitando  com centros de controles  para prevenir e defender de ataques, previnir sabotagens, conter vazamentos de informações, monitorar tráfego, conteúdo e etc.  seja através de equipes próprias ou  como serviços.
 
  • De forma semelhante, as nações têm se capacitado para “guerra cibernética”. Como exemplo,  temos no governo brasileiro  o Centro de Defesa Cibernética, que atua para proteger os sistemas de informação e neutralizar a fonte de ataques.
Com este nível de aderência da visão de futuro naquela época cá a realidade hoje, seria de concluir ser fruto de uma viagem ao futuro ou até obra de uma bola de cristal, mas não. Não tem nada de místico ou ficção científica. O segredo é fazer a leitura correta do contexto, entender os agentes do contexto e muito tempo estrada que o futuro será revelado!
 
Fico feliz de ter sido privilegiado por estas revelações!
 
 

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