Decisão do STJ proíbe aluguel pelo Airbnb em condomínios residenciais: o que isso significa para o mercado imobiliário?

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por maioria de votos, que os condomínios residenciais podem impedir o uso de imóveis para locação pelo Airbnb, uma plataforma digital que permite o aluguel de curta duração de acomodações.

A decisão foi tomada no dia 20 de abril de 2021, em um recurso de dois proprietários de apartamentos em Porto Alegre que foram proibidos pelo condomínio de alugar seus imóveis pelo Airbnb. 

O STJ entendeu que esse tipo de locação se caracteriza como uma atividade comercial e de hospedagem, incompatível com a destinação residencial dos condomínios.

Como essa decisão se compara com outros países?

A decisão do STJ segue uma tendência mundial de regulamentação e restrição do aluguel pelo Airbnb em diversas cidades e países. 

Em cidades como Nova York, São Francisco, Berlim, Barcelona, Paris e Amsterdã, onde o Airbnb já é bastante popular, os proprietários que anunciam seus imóveis nessa plataforma devem registrar o imóvel na prefeitura, respeitar um limite anual de diárias, pagar impostos e seguir normas de segurança e higiene. 

Essas medidas visam controlar o impacto do Airbnb no mercado imobiliário, no setor hoteleiro, na arrecadação de tributos e na qualidade de vida dos moradores locais.

O que diz a Constituição brasileira sobre o direito de propriedade?

A Constituição brasileira de 1988 garante, em seu artigo 5º, inciso XXII, o direito de propriedade, como um direito e uma garantia fundamental dos cidadãos brasileiros e estrangeiros residentes no país. 

No entanto, esse direito não é absoluto e pode ser limitado por outras normas constitucionais e legais. Por exemplo, o artigo 5º, inciso XXIII, estabelece que a propriedade deve atender a sua função social, ou seja, deve cumprir uma finalidade econômica, ambiental e social, conforme os interesses da coletividade. 

Além disso, o artigo 182, parágrafo 2º, determina que a propriedade urbana deve obedecer a um plano diretor municipal, que visa ordenar o desenvolvimento das funções sociais da cidade.

Quais são as possibilidades do STF derrubar a decisão do STJ?

A decisão do STJ ainda não é definitiva e pode ser questionada no Supremo Tribunal Federal (STF), que é o órgão máximo do Poder Judiciário e responsável por guardar a Constituição. 

Para isso, é preciso que os recorrentes apresentem um recurso extraordinário, alegando que a decisão do STJ viola algum preceito constitucional. 

No entanto, esse recurso não é automático e depende de uma análise prévia do próprio STJ, que deve verificar se estão presentes os requisitos de admissibilidade, como a relevância da questão constitucional e a existência de repercussão geral. 

Caso o STJ admita o recurso, ele será encaminhado ao STF, que poderá manter ou reformar a decisão do STJ, conforme o seu entendimento sobre a matéria constitucional.

Como ficam os proprietários, o mercado e os novos empreendimentos?

A decisão do STJ afeta diretamente os proprietários de imóveis que utilizam o Airbnb como uma forma de obter renda extra ou de investir no mercado imobiliário. 

Esses proprietários podem ter que se adequar às normas dos condomínios onde estão localizados os seus imóveis, sob pena de sofrerem sanções ou ações judiciais. 

Além disso, eles podem ter que buscar outras alternativas de locação, como a locação tradicional ou a locação por temporada, que têm regras e tributações diferentes. 

A decisão do STJ também impacta o mercado imobiliário como um todo, pois pode reduzir a oferta e a demanda de imóveis para aluguel pelo Airbnb, alterando os preços e a rentabilidade desse segmento. 

Por fim, a decisão do STJ pode influenciar os novos empreendimentos imobiliários, que podem ter que se adaptar às novas exigências dos consumidores e dos órgãos reguladores, oferecendo imóveis com características e serviços que atendam às necessidades e expectativas dos potenciais locatários e proprietários.

Conclusão: um novo cenário para o aluguel pelo Airbnb

A decisão do STJ sobre a proibição do aluguel pelo Airbnb em condomínios residenciais representa um marco na regulamentação e na fiscalização desse tipo de locação no Brasil. 

A decisão reflete uma tendência mundial de controle e restrição do Airbnb, que tem gerado diversos efeitos positivos e negativos no mercado imobiliário, no setor hoteleiro, na arrecadação de tributos e na qualidade de vida dos moradores locais. 

A decisão também traz desafios e oportunidades para os proprietários, o mercado e os novos empreendimentos imobiliários, que terão que se adequar a um novo cenário, mais complexo e dinâmico, que envolve questões jurídicas, econômicas e sociais. 

O aluguel pelo Airbnb ainda é uma realidade e uma possibilidade para muitos brasileiros, mas é preciso estar atento às normas e aos riscos que envolvem essa modalidade de locação.

Espero que você tenha gostado do meu artigo e que ele tenha sido útil para você. Se você gostou, por favor, curta, comente e compartilhe com os seus amigos. 

Se você quiser saber mais sobre o assunto, sugiro que você acesse o link que me motivou a pesquisar e escrever este artigo, que é o site do Radar DF, onde você pode encontrar a notícia original que serviu de base para o meu texto. 

Obrigado pela sua atenção e até a próxima!

By IDFM

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