Crédito Social: A distopia chinesa que pode se tornar realidade no Brasil.

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Você já assistiu ao episódio “Queda Livre” da série Black Mirror? Se não, eu recomendo que você assista. Ele mostra um mundo onde as pessoas são avaliadas por um sistema de pontuação que determina o seu status social, as suas oportunidades e os seus direitos. Uma mulher obcecada por aumentar a sua pontuação acaba vivendo uma série de situações constrangedoras, humilhantes e trágicas, que revelam a crueldade e a superficialidade desse sistema.

Esse episódio é uma ficção, mas ele se inspira em uma realidade que já existe na China, onde o governo está implementando um sistema de crédito social que visa controlar e moldar o comportamento dos seus cidadãos. Esse sistema pode ser visto como uma forma de cancelamento institucionalizado, em que o Estado usa o seu poder e as suas tecnologias para monitorar, avaliar e punir os cidadãos que não se enquadram nos seus padrões de conduta.

Neste artigo, vamos explicar o que é o sistema de crédito social da China, como ele funciona, quais são os seus benefícios e riscos, como ele se relaciona com a cultura do cancelamento, como ele se compara com outros sistemas semelhantes ou inspirados no modelo chinês em outros países, e qual é o cenário brasileiro em relação ao uso de tecnologias de reconhecimento facial ou de análise de dados para fins de segurança ou de marketing.

Vamos ver como que esse sistema representa um risco e um desafio para os direitos humanos, a privacidade e a liberdade dos cidadãos, e que ele pode levar a um cenário distópico e desumano, para que vocês tirem suas próprias conclusões.

Como a China criou o seu Big Brother digital: a história, o funcionamento e o status do sistema de crédito social

O sistema de crédito social da China é um projeto ambicioso do governo chinês que visa construir uma sociedade harmoniosa, confiável e desenvolvida. A ideia surgiu em 2014, quando o governo publicou um documento chamado “Planejamento para a Construção do Sistema de Crédito Social (2014-2020)”, que estabelecia os objetivos, os princípios e os mecanismos desse sistema.

O sistema de crédito social da China consiste em avaliar a confiabilidade e a reputação dos cidadãos, das empresas e das instituições com base em diversos fatores, como o histórico financeiro, o cumprimento das leis, a participação em atividades sociais e o comportamento em diferentes setores da vida social. Essa pontuação é calculada por meio de algoritmos que coletam e analisam dados provenientes de diversas fontes, como registros públicos, bancos de dados governamentais, redes sociais, câmeras de vigilância e aplicativos móveis.

O sistema de crédito social da China envolve vários programas e agentes, tanto públicos quanto privados. Entre eles, destacam-se:

  • O Sistema Nacional de Crédito: é o programa central do governo que integra os dados dos diferentes setores da sociedade, como finanças, justiça, saúde, educação, transporte e comércio. Ele visa criar uma plataforma unificada de informações sobre o crédito dos indivíduos e das organizações.
  • O Sistema Sesame Credit: é o programa mais conhecido do sistema de crédito social da China. Ele é gerenciado pela Ant Group, uma empresa afiliada ao gigante do comércio eletrônico Alibaba. Ele usa os dados dos usuários do Alipay, um aplicativo de pagamento online muito popular na China, para calcular a sua pontuação de crédito social. Ele leva em conta fatores como o histórico financeiro, as preferências de consumo, as interações sociais e as atividades online dos usuários.
  • O Sistema Baihang Credit: é o programa responsável por fornecer serviços de avaliação de crédito para as empresas financeiras não bancárias na China. Ele é gerenciado pela Baihang Credit Scoring, uma empresa criada em 2018 pelo Banco Popular da China, o banco central do país, em parceria com oito empresas privadas de tecnologia financeira, como a Ant Group, a Tencent e a JD.com. Ele usa os dados dos clientes dessas empresas para calcular a sua pontuação de crédito social.
  • O Sistema de Crédito Social Local: são os programas desenvolvidos pelas autoridades locais, como as províncias, as cidades e os distritos, para implementar o sistema de crédito social da China nas suas respectivas áreas. Eles variam em termos de critérios, métodos e consequências, mas geralmente seguem as diretrizes do governo central. Alguns exemplos são o Sistema de Crédito Social de Xangai, o Sistema de Crédito Social de Pequim e o Sistema de Crédito Social de Rongcheng.

O status atual do sistema de crédito social da China é que ele já está em funcionamento desde 2020, mas continua sendo aprimorado e expandido pelo governo chinês.. Ele não é um sistema único e uniforme, mas sim um conjunto de sistemas interconectados e heterogêneos. Ele enfrenta vários desafios e limitações, como a falta de padronização, a inconsistência dos dados, a vulnerabilidade à fraude, a resistência da sociedade civil e a pressão internacional.

O sistema de crédito social da China tem gerado muita atenção e debate no mundo todo, tanto por seus aspectos positivos quanto por seus aspectos negativos. Continue lendo e você vai descobrir os motivos e poderá tirar suas próprias conclusões.

A faca de dois gumes do sistema de crédito social da China: como ele pode ajudar ou prejudicar a sociedade chinesa

Os defensores do sistema de crédito social da China argumentam que ele traz benefícios para a sociedade chinesa, como:

  • Promover a honestidade: o sistema de crédito social da China visa incentivar os cidadãos, as empresas e as instituições a agirem com integridade, transparência e responsabilidade em todas as esferas da vida social. Ele busca combater a corrupção, a fraude, a evasão fiscal, o descumprimento contratual e outras formas de desonestidade que prejudicam o desenvolvimento econômico e social do país.
  • Fortalecer a confiança: o sistema de crédito social da China visa aumentar a confiança entre os agentes sociais, facilitando o acesso à informação, à cooperação e à reciprocidade. Ele busca melhorar as relações interpessoais, comerciais e institucionais, reduzindo os custos de transação, os riscos de inadimplência e os conflitos de interesse.
  • Harmonizar a sociedade: o sistema de crédito social da China visa criar uma sociedade harmoniosa, baseada nos valores morais, éticos e culturais do povo chinês. Ele busca estimular o cumprimento das leis, das normas e dos costumes que regem a convivência social na China, respeitando as características históricas, geográficas e demográficas do país.
  • Desenvolver o país: o sistema de crédito social da China visa impulsionar o desenvolvimento econômico e social do país, oferecendo oportunidades e benefícios para os cidadãos, as empresas e as instituições que têm uma boa pontuação de crédito social. Ele busca incentivar a inovação, a competitividade, a qualidade e a sustentabilidade dos produtos e serviços oferecidos no mercado chinês.

Os críticos do sistema de crédito social da China argumentam que ele traz riscos para a sociedade chinesa, como:

  • Violar os direitos humanos: o sistema de crédito social da China viola os direitos humanos dos cidadãos chineses, como o direito à privacidade, à liberdade de expressão, à liberdade de associação e à liberdade de movimento. Ele expõe os dados pessoais dos cidadãos sem o seu consentimento ou proteção adequada. Ele restringe ou proíbe as opiniões ou atividades que sejam contrárias aos interesses ou à ideologia do governo. Ele impede ou dificulta o acesso dos cidadãos aos serviços públicos ou privados que sejam essenciais para a sua vida.
  • Violentar a dignidade humana: o sistema de crédito social da China viola a dignidade humana dos cidadãos chineses, reduzindo-os a meros números ou objetos de manipulação. Ele desconsidera as características individuais, as preferências pessoais e as circunstâncias contextuais que influenciam o comportamento humano. Ele impõe uma padronização e uma homogeneização da sociedade, ignorando a diversidade e a complexidade da realidade humana.
  • Ameaçar a liberdade individual: o sistema de crédito social da China ameaça a liberdade individual dos cidadãos chineses, submetendo-os a uma pressão constante e a uma coerção sutil para se conformarem aos padrões de conduta estabelecidos pelo governo. Ele cria um clima de medo, de ansiedade e de autocensura na sociedade, desencorajando a criatividade, a crítica e a contestação. Ele limita ou elimina as escolhas e as oportunidades dos cidadãos, restringindo o seu potencial e o seu desenvolvimento.

Esses benefícios e riscos do sistema de crédito social da China mostram que ele é um sistema controverso e complexo, que envolve aspectos políticos, econômicos, sociais e éticos. Ele também se relaciona com outro fenômeno que tem ganhado destaque na atualidade: a cultura do cancelamento. A seguir, eu vou explicar como esses dois fenômenos se conectam e se diferenciam.

Sistema de Crédito Social  e a Cultura do Cancelamento: uma combinação perigosa para os direitos humanos, a privacidade e a liberdade dos cidadãos

Você já ouviu falar da cultura do cancelamento? Se sim, você provavelmente sabe que ela é um fenômeno que ocorre nas redes sociais, onde as pessoas ou instituições que cometem atos considerados ofensivos ou inaceitáveis por uma parcela da sociedade são expostas, criticadas e boicotadas por outros usuários. Se não, eu recomendo que você pesquise sobre esse assunto, pois ele é muito relevante para entender o sistema de crédito social da China.

O sistema de crédito social da China pode ser visto como uma forma de cancelamento institucionalizado, em que o Estado usa o seu poder e as suas tecnologias para monitorar, avaliar e punir os cidadãos que não se enquadram nos seus padrões de conduta. Ele é uma forma de controle social que visa eliminar ou marginalizar os indivíduos ou grupos sociais que sejam considerados indesejáveis ou perigosos para o governo.

O sistema de crédito social da China se diferencia da cultura do cancelamento nas redes sociais, em termos de escala, alcance, consequências e legitimidade. Enquanto a cultura do cancelamento nas redes sociais é um fenômeno espontâneo, descentralizado e contestável, que envolve a exposição, a crítica e o boicote de pessoas ou instituições que cometem atos considerados ofensivos ou inaceitáveis por uma parcela da sociedade, o sistema de crédito social da China é um projeto planejado, centralizado e inquestionável, que envolve a coleta, a análise e o uso de dados pessoais para determinar o status, os direitos e as oportunidades de cada cidadão.

As consequências do sistema de crédito social da China são muito mais graves e duradouras do que as da cultura do cancelamento nas redes sociais. Enquanto a cultura do cancelamento nas redes sociais pode gerar danos à reputação, à autoestima e ao bem-estar psicológico das pessoas ou instituições canceladas, o sistema de crédito social da China pode gerar danos à dignidade, à autonomia e à cidadania dos indivíduos e dos grupos sociais excluídos. As pessoas ou instituições canceladas nas redes sociais podem se defender, se retratar ou se reinventar. As pessoas ou instituições excluídas pelo sistema de crédito social da China podem ficar sem acesso à educação, à saúde, ao transporte, ao emprego, ao crédito, à internet, ao lazer, à justiça e até mesmo ao voto.

A legitimidade do sistema de crédito social da China também é questionável. Enquanto a cultura do cancelamento nas redes sociais pode ser vista como uma forma de expressão democrática, de participação cívica e de responsabilização social, o sistema de crédito social da China pode ser visto como uma forma de opressão autoritária, de manipulação ideológica e de violação dos direitos humanos. O sistema de crédito social da China não respeita os princípios universais de liberdade, igualdade e fraternidade. Ele impõe uma visão única e homogênea de moralidade, de lealdade e de ordem. Ele não reconhece a diversidade, a pluralidade e a complexidade da sociedade humana.

O sistema de crédito social da China representa um risco e um desafio para os direitos humanos, a democracia, a diversidade e a autonomia dos indivíduos e dos grupos sociais. Ele é uma ameaça à dignidade humana e à liberdade individual. Ele é uma ferramenta de controle social que pode levar a um cenário distópico e desumano.

Você não quer viver nesse mundo. Você não quer que esse mundo se torne realidade no Brasil. Você deve ser contra o sistema de crédito social da China e seus similares.

O vírus do sistema de crédito social: como ele se espalhou pelo mundo e como ele se adapta às diferentes realidades

O sistema de crédito social da China não é o único do seu tipo no mundo. Há outros países que têm sistemas semelhantes ou inspirados no modelo chinês, que usam tecnologias de reconhecimento facial ou de análise de dados para fins de segurança ou de marketing. Alguns desses países são:

  • O Cazaquistão: é um país da Ásia Central que tem um sistema de crédito social chamado “Qamqor”, que significa “protetor” em cazaque. Esse sistema usa câmeras equipadas com reconhecimento facial para identificar os cidadãos e verificar se eles estão cumprindo as leis e as normas do país. Ele também usa os dados dos cidadãos para calcular a sua pontuação de crédito social, que pode afetar o seu acesso a serviços públicos ou privados.
  • A Rússia: é um país da Europa Oriental que tem um projeto piloto de um sistema de crédito social chamado “Sistema Nacional Unificado de Dados”, que visa criar uma base de dados integrada sobre os cidadãos russos, usando informações provenientes de diversas fontes, como registros públicos, bancos de dados governamentais, redes sociais e câmeras de vigilância. Esse sistema usaria os dados dos cidadãos para avaliar o seu comportamento e o seu risco social, podendo influenciar as suas oportunidades e os seus direitos.
  • A Venezuela: é um país da América do Sul que tem um sistema de crédito social chamado “Carnet de la Patria”, que significa “Cartão da Pátria” em espanhol. Esse sistema usa um cartão inteligente que contém os dados pessoais dos cidadãos venezuelanos, como nome, data de nascimento, número de identidade, impressão digital e código QR. Esse cartão é usado para acessar os programas sociais do governo, como alimentação, saúde, educação e moradia. Ele também é usado para monitorar a participação política dos cidadãos, como o seu voto ou a sua filiação partidária.
  • O Irã: é um país do Oriente Médio que tem uma proposta de um sistema de crédito social chamado “Sistema Nacional de Informação”, que visaria criar uma rede nacional de informação sobre os cidadãos iranianos, usando dados provenientes de diversas fontes, como registros públicos, bancos de dados governamentais, redes sociais e câmeras de vigilância. Esse sistema usaria os dados dos cidadãos para avaliar o seu comportamento e o seu risco social, podendo influenciar as suas oportunidades e os seus direitos.

Esses países têm em comum o fato de serem regimes autoritários ou semiautoritários, que usam o sistema de crédito social como uma forma de reforçar o seu poder e a sua ideologia sobre a sociedade. Eles também têm em comum o fato de enfrentarem críticas e sanções internacionais por violarem os direitos humanos, a democracia e a soberania dos seus cidadãos.

Há também outros países que usam tecnologias de reconhecimento facial ou de análise de dados para fins de segurança ou de marketing, mas que não têm um sistema integrado e centralizado como o sistema de crédito social da China. Alguns desses países são:

  • Os Estados Unidos: É um país que tem um uso extensivo e diversificado das tecnologias de reconhecimento facial ou de análise de dados para fins de segurança ou de marketing. Essas tecnologias são usadas por diversos agentes, como o governo federal, os governos estaduais e locais, as forças de segurança, as empresas privadas, as organizações não governamentais e os indivíduos. Elas têm como objetivos prevenir e combater o crime, o terrorismo, a imigração ilegal, a fraude e outras ameaças à segurança nacional e pública. Elas também têm como objetivos oferecer produtos e serviços personalizados, segmentados e otimizados para os consumidores, os clientes, os usuários e os parceiros.

Os Estados Unidos têm um uso controverso e desregulado das tecnologias de reconhecimento facial ou de análise de dados para fins de segurança ou de marketing. Essas tecnologias geram benefícios e riscos para a sociedade americana, como:

    • Benefícios: essas tecnologias podem aumentar a eficiência, a precisão, a conveniência e a qualidade dos serviços públicos ou privados oferecidos aos cidadãos americanos. Elas podem facilitar o acesso à informação, à comunicação, à educação, à saúde, ao transporte, ao entretenimento e ao comércio. Elas podem melhorar a segurança, a justiça, a transparência e a responsabilidade dos agentes sociais.
    • Riscos: essas tecnologias podem violar a privacidade, a liberdade, a igualdade e a dignidade dos cidadãos americanos. Elas podem expor, coletar ou usar os dados pessoais dos cidadãos sem o seu consentimento ou proteção adequada. Elas podem discriminar, perseguir ou prejudicar os cidadãos com base em critérios arbitrários ou enviesados. Elas podem manipular, influenciar ou condicionar o comportamento dos cidadãos.

Os Estados Unidos enfrentam vários desafios e limitações para regular o uso das tecnologias de reconhecimento facial ou de análise de dados para fins de segurança ou de marketing. Entre eles, destacam-se:

    • A falta de uma legislação federal unificada e abrangente sobre o assunto, que estabeleça os princípios, as normas e as sanções para o uso dessas tecnologias.
    • A diversidade e a complexidade dos agentes envolvidos no uso dessas tecnologias, que têm interesses, objetivos e capacidades diferentes.
    • A resistência e a oposição de vários setores da sociedade civil, que defendem os direitos humanos, a democracia e a soberania dos cidadãos.
  • O Reino Unido: é um país da Europa Ocidental que tem um uso controverso e inconsistente das tecnologias de reconhecimento facial ou de análise de dados para fins de segurança ou de marketing. Essas tecnologias são usadas por diversos agentes, como o governo central, os governos regionais e locais, as forças de segurança, as empresas privadas e as organizações não governamentais. Elas têm como objetivos prevenir e combater o crime, o terrorismo, a imigração ilegal, a fraude e outras ameaças à segurança nacional e pública. Elas também têm como objetivos oferecer produtos e serviços personalizados, segmentados e otimizados para os consumidores, os clientes, os usuários e os parceiros.

O Reino Unido tem um uso equilibrado e regulado das tecnologias de reconhecimento facial ou de análise de dados para fins de segurança ou de marketing. Essas tecnologias geram benefícios e riscos para a sociedade britânica, como:

    • Benefícios: essas tecnologias podem aumentar a eficiência, a precisão, a conveniência e a qualidade dos serviços públicos ou privados oferecidos aos cidadãos britânicos. Elas podem facilitar o acesso à informação, à comunicação, à educação, à saúde, ao transporte, ao entretenimento e ao comércio. Elas podem melhorar a segurança, a justiça, a transparência e a responsabilidade dos agentes sociais.
    • Riscos: essas tecnologias podem violar a privacidade, a liberdade, a igualdade e a dignidade dos cidadãos britânicos. Elas podem expor, coletar ou usar os dados pessoais dos cidadãos sem o seu consentimento ou proteção adequada. Elas podem discriminar, perseguir ou prejudicar os cidadãos com base em critérios arbitrários ou enviesados. Elas podem manipular, influenciar ou condicionar o comportamento dos cidadãos.
O Reino Unido enfrenta alguns desafios e limitações para regular o uso das tecnologias de reconhecimento facial ou de análise de dados para fins de segurança ou de marketing. Entre eles, destacam-se:
    •  A existência de uma legislação nacional unificada e abrangente sobre o assunto, que estabelece os princípios, as normas e as sanções para o uso dessas tecnologias, mas que também pode gerar conflitos ou inconsistências com as legislações regionais ou locais, ou com as legislações internacionais ou europeias.
    • A diversidade e a complexidade dos agentes envolvidos no uso dessas tecnologias, que têm interesses, objetivos e capacidades diferentes, mas que também devem respeitar os direitos e as responsabilidades dos cidadãos e dos outros agentes.
    • A resistência e a oposição de vários setores da sociedade civil, que defendem os direitos humanos, a democracia e a soberania dos cidadãos, mas que também devem reconhecer os benefícios e as necessidades das tecnologias de reconhecimento facial ou de análise de dados para fins de segurança ou de marketing.
  • A Austrália: é um país da Oceania que tem um uso limitado e cauteloso das tecnologias de reconhecimento facial ou de análise de dados para fins de segurança ou de marketing. Essas tecnologias são usadas por poucos agentes, como o governo federal, alguns governos estaduais e locais, algumas forças de segurança, algumas empresas privadas e algumas organizações não governamentais. Elas têm como objetivos prevenir e combater o crime, o terrorismo, a imigração ilegal, a fraude e outras ameaças à segurança nacional e pública. Elas também têm como objetivos oferecer produtos e serviços personalizados, segmentados e otimizados para os consumidores, os clientes, os usuários e os parceiros.

A Austrália tem um uso restrito e cauteloso das tecnologias de reconhecimento facial ou de análise de dados para fins de segurança ou de marketing. Essas tecnologias geram benefícios e riscos para a sociedade australiana, como:

    • Benefícios: essas tecnologias podem aumentar a eficiência, a precisão, a conveniência e a qualidade dos serviços públicos ou privados oferecidos aos cidadãos australianos. Elas podem facilitar o acesso à informação, à comunicação, à educação, à saúde, ao transporte, ao entretenimento e ao comércio. Elas podem melhorar a segurança, a justiça, a transparência e a responsabilidade dos agentes sociais.
    • Riscos: essas tecnologias podem violar a privacidade, a liberdade, a igualdade e a dignidade dos cidadãos australianos. Elas podem expor, coletar ou usar os dados pessoais dos cidadãos sem o seu consentimento ou proteção adequada. Elas podem discriminar, perseguir ou prejudicar os cidadãos com base em critérios arbitrários ou enviesados. Elas podem manipular, influenciar ou condicionar o comportamento dos cidadãos.
A Austrália enfrenta alguns desafios e limitações para regular o uso das tecnologias de reconhecimento facial ou de análise de dados para fins de segurança ou de marketing. Entre eles, destacam-se:
    • A existência de uma legislação nacional unificada e abrangente sobre o assunto, que estabelece os princípios, as normas e as sanções para o uso dessas tecnologias, mas que também pode gerar conflitos ou inconsistências com as legislações regionais ou locais, ou com as legislações internacionais ou europeias.
    • A diversidade e a complexidade dos agentes envolvidos no uso dessas tecnologias, que têm interesses, objetivos e capacidades diferentes, mas que também devem respeitar os direitos e as responsabilidades dos cidadãos e dos outros agentes.
    • A resistência e a oposição de vários setores da sociedade civil, que defendem os direitos humanos, a democracia e a soberania dos cidadãos, mas que também enfrentam dificuldades e obstáculos para fiscalizar ou contestar o uso dessas tecnologias para fins de segurança ou de marketing.
  • O Brasil: é um país da América do Sul que tem um uso incipiente e desordenado das tecnologias de reconhecimento facial ou de análise de dados para fins de segurança ou de marketing. Essas tecnologias são usadas por poucos agentes, como alguns governos estaduais e locais, algumas forças de segurança, algumas empresas privadas e algumas organizações não governamentais. Elas têm como objetivos prevenir e combater o crime, o terrorismo, a imigração ilegal, a fraude e outras ameaças à segurança nacional e pública. Elas também têm como objetivos oferecer produtos e serviços personalizados, segmentados e otimizados para os consumidores, os clientes, os usuários e os parceiros.

O Brasil tem um uso incipiente e desordenado das tecnologias de reconhecimento facial ou de análise de dados para fins de segurança ou de marketing. Essas tecnologias geram benefícios e riscos para a sociedade brasileira, como:

    • Benefícios: essas tecnologias podem aumentar a eficiência, a precisão, a conveniência e a qualidade dos serviços públicos ou privados oferecidos aos cidadãos brasileiros. Elas podem facilitar o acesso à informação, à comunicação, à educação, à saúde, ao transporte, ao entretenimento e ao comércio. Elas podem melhorar a segurança, a justiça, a transparência e a responsabilidade dos agentes sociais.
    • Riscos: essas tecnologias podem violar a privacidade, a liberdade, a igualdade e a dignidade dos cidadãos brasileiros. Elas podem expor, coletar ou usar os dados pessoais dos cidadãos sem o seu consentimento ou proteção adequada. Elas podem discriminar, perseguir ou prejudicar os cidadãos com base em critérios arbitrários ou enviesados. Elas podem manipular, influenciar ou condicionar o comportamento dos cidadãos.

O Brasil enfrenta muitos desafios e limitações para regular o uso das tecnologias de reconhecimento facial ou de análise de dados para fins de segurança ou de marketing. Entre eles, destacam-se:

    • A falta de uma legislação federal unificada e abrangente sobre o assunto, que estabeleça os princípios, as normas e as sanções para o uso dessas tecnologias.
    • A diversidade e a complexidade dos agentes envolvidos no uso dessas tecnologias, que têm interesses, objetivos e capacidades diferentes, mas que também devem respeitar os direitos e as responsabilidades dos cidadãos e dos outros agentes.
    • A resistência e a oposição de vários setores da sociedade civil, que defendem os direitos humanos, a democracia e a soberania dos cidadãos, mas que também devem reconhecer os benefícios e as necessidades das tecnologias de reconhecimento facial ou de análise de dados para fins de segurança ou de marketing.
    • A fragilidade e a instabilidade do cenário político, econômico e social do país, que pode favorecer ou impedir a implementação dessas tecnologias.

Esses países mostram que há diferentes formas e graus de uso das tecnologias de reconhecimento facial ou de análise de dados para fins de segurança ou de marketing no mundo. Eles também mostram que há diferentes benefícios e riscos associados a essas tecnologias para as sociedades. Eles também mostram que há diferentes desafios e limitações para regular o uso dessas tecnologias pelos agentes sociais.

Reflexão Final – A Decisão é Sua!

Você já imaginou viver em um mundo onde você é um número? Um mundo onde você é vigiado, julgado e punido pelo Estado? Um mundo onde você não tem voz, nem escolha, nem direito?

Esse é o mundo que o sistema de crédito social da China quer criar. Esse é o mundo que nós devemos evitar a todo custo.

Ele é uma forma de controle social que viola os direitos humanos, a privacidade e a liberdade dos cidadãos. Vimos também, como esse sistema pode levar a um cenário distópico e desumano, como o do episódio de Black Mirror “Queda Livre”.

Se aproveita da cultura do cancelamento para monitorar, avaliar e punir os cidadãos que não se enquadram nos seus padrões de conduta.

O sistema de crédito social,  representa um risco para as democracias frágeis, como a do Brasil, que podem ser alvo de tentativas de implementação de sistemas de crédito social ou similares por parte de agentes autoritários ou corruptos. É sistema que pode ser usado para discriminar, perseguir ou prejudicar os cidadãos com base em critérios arbitrários ou enviesados.

É importante se informar, se conscientizar, se mobilizar ou se proteger contra o sistema de crédito social da China e seus similares. Fique atentos e resistente,  participe de debates públicos e democráticos sobre o tema para que se impeça que este tipo de ferramentas ou estratégias. Resista contra tudo que vai contra a sua privacidade, a sua segurança e a sua liberdade.

Eu espero que você tenha entendido a mensagem deste artigo e que você tenha se convencido de que o sistema de crédito social como o da China, ou similares,  é uma ameaça à dignidade humana e à liberdade individual. Eu espero que você tenha se motivado a lutar pela sua cidadania,  pela sua democracia e sua Liberdade!

Eu espero que você diga não ao sistema de crédito social da China e seus similares.

Você está pronto para viver em um mundo onde a sua reputação, a sua liberdade e os seus direitos dependem de um algoritmo que monitora e avalia cada passo que você dá? Lembre-se, a decisão é sua!

By IDFM

Na Vibe de Prometeu, o conhecimento te liberta

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