Quando leio notícias sobre acordo de leniência ou delação premiada, tenho a sensação de que a sociedade está sendo enganada, sendo feita de palhaço.
Vamos fazer uma reflexão simples para a notícia publicada por EXAME que reproduzo neste Post.
- Fazendo acordo, fica tudo bem e as empresas do grupo voltam a participar de novas concorrências e seguir com contratos de obras públicas.
- Outro detalhe, pelo que nos parece na matéria, não vão devolver nada do que foi roubado, desviado, superfaturado, etc
- Ninguém também cometeu qualquer tipo de haraquiri entre os 77 samurais da organização
- Pelo que é revelado, haverá um multa de apenas R$ 6,8 Bi para serem pagos no prazo de 23 anos!Alguém imagina se e como esse R$ 6.8 Bi serão pagos?… serão precificados nas obras, tem alguma dúvida?
- Os controladores não vão tirar nada do Bolso?
- Quais foram os lucros destas empresas (grupo) durante o período da roubalheira? Para onde foram esses lucros?
- Se algum “pobre mortal” levar uma multa de algum órgão público e não tiver condições de pagar, consegue parcelar em 23 anos? Se tem algum bem, tem que vendê-lo para pagar a multa ou o imposto….
Pois é, esta lógica da delação premiada, acordo de leniência não pode continuar desta forma.
É um incentivo para se comentar mais crimes!
Leiam outros posta que fiz sobre o assunto:
👉http://avisara.blogspot.com.br/2016/04/delacao-premiada-ou-impunidade-premiada.html
👉http://avisara.blogspot.com.br/2016/06/impunidade-premiada-mais-um-vencedor.html
👉http://avisara.blogspot.com.br/2016/06/e-ou-nao-e-impunidade-premiada.html
👉http://avisara.blogspot.com.br/2016/04/a-solucao-para-o-brasil-e-intolerancia.html
Odebrecht pede desculpas ao país e paga multa de R$6,8 bilhões
A companhia se comprometeu a adotar princípios “éticos, íntegros e transparentes no relacionamento com agentes públicos e privados” daqui para frente
access_time 1 dez 2016, 19h56 – Atualizado em 1 dez 2016, 20h59
Odebrecht: a empresa terá que provar aos seus credores, clientes e sócios que seu programa anticorrupção será rígido e à prova de fraudes (REUTERS/Rodrigo Paiva)
São Paulo – O grupo baiano Odebrecht divulgou nesta quinta-feira, 1º, um comunicado em que pede desculpas ao País por ter participado, nos últimos anos, de práticas “impróprias”.
Na tarde desta quinta-feira, 1, os acionistas, executivos e ex-executivos do grupo, um total de 77 pessoas, começaram a assinar acordo de delação premiada fechado com o Ministério Público Federal no âmbito da Lava Jato.
O conglomerado também fechou um acordo de leniência, no valor de R$ 6,8 bilhões, que será pago em 23 anos, para poder virar a página e seguir com contratos de obras públicas.
Em carta aberta, a Odebrecht reconhece que pagou propina.
“Não importa se cedemos a pressões externas. Tampouco se há vícios que precisam ser combatidos ou corrigidos no relacionamento entre empresas privadas e o setor público”, diz um dos trechos desse comunicado.
A companhia se comprometeu a adotar princípios “éticos, íntegros e transparentes no relacionamento com agentes públicos e privados” daqui para frente ao combater e não tolerar a corrupção por meio de extorsão e suborno.
Ao virar a página da delação, a Odebrecht vai se deparar com um novo capítulo tão desafiante quanto o que tem enfrentado desde que teve seu nome envolvido na Lava Jato.
A empresa terá que provar aos seus credores, clientes e sócios que seu programa anticorrupção será rígido e à prova de fraudes.
Terá que convencer bancos e investidores que mudou, para conseguir os financiamentos que ainda necessita para, no mínimo, manter o nível de atividade que tem hoje.
Nas mudanças internas, vai investir no departamento de compliance que tem à frente a diretora Olga Mello Pontes, egressa da Braskem, braço petroquímico e maior empresa do grupo. Mas cada empresa terá sua própria estrutura de compliance.
A expectativa ainda é de que com a assinatura do acordo de leniência, aliado ao novo programa anticorrupção da companhia, abra as portas aos bancos.
“O acordo de leniência dará mais segurança, sem dúvida, mas a empresa enfrentará ainda problemas de geração de back log (carteira de projetos) no Brasil e no exterior”, diz um importante representante de credores da empresa.
“Os pagamentos na compra de alguns ativos só vão acontecer mediante o atendimento de uma série de condições por parte da empresa que vão além do acordo de leniência”.
O grupo tem uma dívida bruta de R$ 110 bilhões e algumas empresas passam por dificuldades para honrar pagamentos.
Um dos principais casos é o da Odebrecht Óleo e Gás que está renegociando US$ 3 bilhões em dívidas, mas que depende de uma negociação que trava com a Petrobras para manter contratos de seis sondas.
A empresa de Transportes também passa por dificuldades, principalmente para conseguir tocar obras de concessões de rodovias que ganhou nos últimos anos.
Desculpe, a Odebrecht errou. Leia o comunicado que será publicado nos principais jornais do Brasil – http://bit.ly/2gEse0T
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