Furacões: 2023 A temporada mais intensa da história do Atlântico Norte

Saiba o que se espera da temporada de 2023 dos furacões. Descubra também como eles se formam, como são nomeados e quais foram os mais destrutivos da história.

Furacões

As tempestades tropicais do Atlântico Norte são fenômenos climáticos que ocorrem entre os meses de junho e novembro, e que podem causar graves impactos para as populações afetadas.

Neste artigo, vamos explicar como se formam as tempestades tropicais, como são dados os seus nomes, qual é o histórico das mais destrutivas e o que se espera da temporada de 2023. Nosso objetivo é informar e conscientizar os leitores sobre os riscos e as medidas de prevenção das tempestades tropicais.

Resumo das tempestades tropicais no Atlântico Norte em 28 de agosto de 2023

 

A situação hoje, 28 de agosto de 2023, no Atlântico Norte é de muita atividade ciclônica, com várias tempestades tropicais e furacões em curso ou se formando. Veja a seguir um resumo das principais tempestades que estão afetando ou podem afetar as regiões do Caribe, da América Central e do Norte:
  • Franklin: é o furacão mais forte registrado nessa temporada no Oceano Atlântico, com ventos que podem passar de 230 quilômetros por hora. Ele atingiu a categoria 4 na escala Saffir-Simpson e se aproxima das Ilhas Bermudas, onde pode causar inundações catastróficas e danos materiais1. Franklin já se tornou uma tempestade tropical na semana passada, quando causou estragos na República Dominicana.
  • Idália: é uma tempestade tropical que avança pelo golfo do México e está ganhando força. Ela pode se tornar um furacão de categoria 1 ou 2 antes de atingir a costa da Flórida, onde já foi declarado estado de emergência. Idália pode provocar fortes chuvas, ventos e ondas nas áreas costeiras do estado americano.
  • Sam: é a mais nova tempestade tropical que se formou no Atlântico, a cerca de 2 800 km a leste-sudeste das Ilhas de Barlavento, no Caribe. Sam poderá evoluir para a categoria de furacão entre hoje e amanhã, já que as condições atmosféricas e oceânicas sobre o Atlântico tropical estão favoráveis para seu desenvolvimento. Sam poderá se aproximar do norte das Ilhas Barlavento, no Caribe, no início da próxima semana como um grande furacão, de categoria 3 ou mais.
  • Odette, Peter e Rose: são as outras três tempestades tropicais que se formaram na última semana no Atlântico Norte, mas que já perderam força e se dissiparam. Elas não causaram grandes impactos nas regiões por onde passaram.

Como se formam as tempestades tropicais?

As tempestades tropicais são um tipo de ciclone tropical, ou seja, um sistema de baixa pressão atmosférica com uma circulação fechada de ventos e um núcleo quente. Para que uma tempestade tropical se forme, são necessárias algumas condições básicas:

  • A temperatura da superfície do oceano deve ser superior a 26,5°C, para fornecer calor e umidade ao ar.
  • A pressão atmosférica deve ser baixa no centro da perturbação, para gerar uma força de sucção do ar.
  • Os ventos devem ter uma rotação horizontal, causada pelo efeito de Coriolis, para dar um movimento espiral ao sistema.
  • A ausência de cortante de vento, ou seja, a variação da velocidade e da direção do vento com a altitude, para evitar que o sistema se desorganize.
  • A alta umidade relativa na atmosfera, para favorecer a formação de nuvens e chuvas.

Quando essas condições se combinam, o ar quente e úmido sobre o oceano sobe e se condensa, formando nuvens cumulonimbus. Essas nuvens liberam calor latente, que alimenta o sistema e aumenta a sua intensidade. O ar frio e seco desce nas bordas do sistema, completando o ciclo. O sistema ganha uma forma circular e um olho no centro, onde a pressão é mais baixa e os ventos são mais calmos.

As tempestades tropicais podem se desenvolver em várias partes do mundo, mas recebem nomes diferentes de acordo com a região. No Atlântico Norte, elas são chamadas de furacões quando os seus ventos sustentados atingem pelo menos 74 mph (119 km/h).

Como são dados os nomes das tempestades tropicais?

As tempestades tropicais recebem nomes para facilitar a sua identificação e comunicação entre os meteorologistas e o público. Os nomes são escolhidos pelo Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), que é responsável pelo monitoramento dos ciclones tropicais no Atlântico Norte. O NHC segue alguns critérios para dar os nomes, tais como:

  • Os nomes devem ser curtos e fáceis de lembrar.
  • Os nomes devem alternar entre masculinos e femininos.
  • Os nomes devem refletir a diversidade cultural e linguística das regiões afetadas.
  • Os nomes devem evitar repetições ou confusões com outros sistemas.

O NHC possui uma lista rotativa de nomes pré-definidos para cada temporada de ciclones. Essa lista é revisada periodicamente para incluir ou excluir nomes conforme a necessidade. Quando uma tempestade tropical atinge uma intensidade específica, ela recebe um nome da lista correspondente à sua ordem alfabética.

Por exemplo, a primeira tempestade tropical que se forma no Atlântico Norte em 2023 receberá o nome Ana. A segunda receberá o nome Bill. E assim por diante. Se uma tempestade tropical se torna um furacão, ela mantém o mesmo nome que recebeu como tempestade.

Em alguns casos, os nomes das tempestades tropicais são retirados das listas quando elas causam muitas mortes ou danos. Isso é feito para evitar que os nomes sejam usados novamente e causem tristeza ou medo nas pessoas. Por exemplo, os nomes Katrina, Sandy e Irma foram retirados das listas do Atlântico Norte após causarem grandes destruições nos Estados Unidos e em outros países.

Qual é o histórico das tempestades tropicais mais destrutivas?

As tempestades tropicais podem causar grandes destruições por onde passam, devido aos seus ventos fortes, às suas chuvas intensas, às suas ondas gigantes e à sua maré de tempestade. A maré de tempestade é uma elevação anormal do nível do mar causada pela pressão baixa e pelos ventos do ciclone, que empurram a água para a costa.

Ao longo da história, várias tempestades tropicais se destacaram por serem as mais destrutivas no Atlântico Norte, destacando as que causaram mais mortes, danos e prejuízos nos Estados Unidos e no Caribe. A seguir, apresentamos uma tabela com algumas dessas tempestades, organizadas por ordem cronológica:

NomeAnoCategoriaMortes
Danos
(em dólares)
Galveston190048.00030 milhões
Andrew199256526,5 bilhões
Katrina200551.836125 bilhões
Sandy2012323368 bilhões
Irma2017513464,8 bilhões
Maria201753.05991,6 bilhões
Dorian20195743,4 bilhões

Quais são os meses mais destrutivos das tempestades tropicais?

A temporada de tempestades tropicais do Atlântico Norte se estende de julho a novembro, mas nem todos os meses têm a mesma probabilidade de ocorrência e intensidade das tempestades. De acordo com os dados históricos, os meses mais destrutivos são agosto, setembro e outubro, que concentram cerca de 80% das tempestades nomeadas e 95% dos furacões maiores. 

Isso se deve ao fato de que nesses meses as condições oceânicas e atmosféricas são mais favoráveis à formação e ao fortalecimento dos ciclones, como a temperatura da superfície do mar mais elevada, o cisalhamento do vento mais baixo e a umidade relativa mais alta. 

Além disso, nesses meses as tempestades tendem a se deslocar para oeste e para o norte, atingindo as áreas costeiras mais povoadas e vulneráveis dos Estados Unidos e do Caribe. Portanto, é importante que as pessoas que vivem nessas regiões estejam mais atentas e preparadas para enfrentar os possíveis impactos das tempestades tropicais nesses meses.

O que se espera da temporada de tempestades tropicais de 2023?

Para temporada de tempestades tropicais de 2023 existem algumas previsões baseadas em modelos climáticos e em tendências históricas. Essas previsões podem variar conforme novos dados são obtidos e analisados, mas servem como uma estimativa inicial do que pode acontecer.

De acordo com a Universidade Estadual do Colorado (CSU), uma das principais instituições que fazem previsões sobre ciclones tropicais, a temporada de 2023 no Atlântico Norte deve ser acima da média em termos de número e intensidade das tempestades. A CSU prevê que haverá cerca de 18 tempestades nomeadas, das quais nove se tornarão furacões e quatro se tornarão furacões maiores (categoria 3 ou superior na escala Saffir-Simpson). A média histórica é de 12 tempestades nomeadasseis furacões e três furacões maiores .

Os principais fatores que influenciam essa previsão são as condições da temperatura da superfície do oceano e do fenômeno El Niño/La Niña. A temperatura da superfície do oceano está acima da média no Atlântico tropical e subtropical, o que favorece a formação e o fortalecimento dos ciclones . Além disso, espera-se que o fenômeno La Niña esteja presente ou neutro durante a temporada, o que reduz o cisalhamento do vento e permite que os ciclones se desenvolvam melhor .

Outras fontes também confirmam a tendência de uma temporada ativa no Atlântico Norte. A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) dos Estados Unidos prevê a formação de 14 a 21 tempestades nomeadas, das quais 7 a 11 se tornarão furacões e 3 a 6 se tornarão furacões maiores . A Tropical Storm Risk (TSR), um consórcio internacional de especialistas em seguros, riscos climáticos e meteorologia tropical, prevê a formação de 16 tempestades nomeadas, das quais 8 se tornarão furacões e 4 se tornarão furacões maiores .

Essas previsões indicam que a temporada de tempestades tropicais de 2023 pode ser uma das mais ativas e perigosas dos últimos anos. Por isso, é importante que as pessoas que vivem nas áreas de risco se preparem e se protejam adequadamente.

Como se proteger dos riscos das tempestades tropicais?

As tempestades tropicais representam um grande risco para as pessoas, os animais, as plantas, as construções, as infraestruturas e o meio ambiente. Por isso, é importante que as populações afetadas se preparem e se protejam adequadamente. Algumas medidas de prevenção e proteção são:

  • Acompanhar as informações meteorológicas e as orientações das autoridades locais sobre a situação das tempestades tropicais e os possíveis alertas ou evacuações.
  • Ter um plano de emergência familiar e um kit de sobrevivência com água, alimentos, medicamentos, documentos, rádio, lanterna, pilhas e outros itens essenciais.
  • Proteger as janelas e portas com tapumes ou persianas, reforçar o telhado e retirar objetos soltos ou que possam ser arrastados pelo vento.
  • Evitar áreas próximas ao mar, rios, lagos ou encostas, que podem ser inundadas ou deslizadas pela água ou pela maré de tempestade.
  • Buscar um abrigo seguro e resistente, longe de árvores, postes, fios ou antenas, que possam cair ou causar choques elétricos.
  • Manter-se informado e calmo durante a passagem da tempestade tropical, seguindo as recomendações das autoridades e evitando sair do abrigo até que a situação esteja normalizada.

Conclusão

As tempestades tropicais do Atlântico Norte são fenômenos naturais que podem trazer muitos benefícios para o clima e a biodiversidade, mas também podem causar muitos problemas para a sociedade e a economia. Por isso, é fundamental que as pessoas conheçam como elas se formam, como elas são nomeadas, qual é o seu histórico e o que se espera delas no futuro. Assim, elas podem se preparar melhor e se proteger dos seus riscos. As tempestades tropicais são parte do nosso planeta e devemos respeitá-las e conviver com elas.

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Se você quiser saber mais sobre as tempestades tropicais, você pode visitar os sites do Centro Nacional de Furacões ou da Organização Meteorológica Mundial

Obrigado e Até a Próxima!

By IDFM

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