Assédio é exclusividade masculina?

Ontem escutei um áudio no WhatsApp de um hétero relatando a experiência que teve indo ao Bloco de Ivete. O assédio sofrido não podia ter reação com o risco dele apanhar e ser acusado pelo resto da vida de homofóbico.

Independente do áudio ser fake ou não, ele me fez lembrar de uma postagem que escrevi no ano passado. Não cheguei a publicar por causa da minha abordagem em relação ao assunto assédio sexual e a polêmica que poderia gerar num momento que não considerava oportuno.

A motivação para escrevê-lo foi porque na época, as notícias de assédio sexual estavam em destaque nas pautas dos telejornais e mídias em geral.

Vamos vê a seguir, como abordei o tema.

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Assédio em ambiente profissional é exclusividade masculina?

Primeiramente, quero deixar claro que defendo que esse é um assunto que deve ser fortemente combatido, não pode haver espaço para o “faz de conta” e impunidade.

Num ambiente profissional competitivo e com poucas oportunidades, os assédios morais e sexuais são componentes de uma praga que deve ser exterminada.

O curioso é que sempre as denúncias que tornam-se públicas, tem como vítimas mulheres e o homem como o algoz.

Isto me levou a refletir.

Será que este comportamento, esta falha de caráter, é exclusividade masculina? Não, não é. O algoz não tem exclusividade de gênero, da mesma forma que não tem exclusividade de gênero para a vítima.

Quem não conhece relatos de casos de assédios contra homem, com abordagem sexual ou moral, partindo de mulheres?

Será que o assédio esta relacionado ao poder? Arrisco a dizer que sim, mas não necessariamente de quem tem o poder, mas também de quem quer o poder.

Quem não conhece casos de Mulheres “subordinadas” que cometem ou estimulam o assédio com superiores para “tê-los na mão” e ter uma escalada do poder meteórica?

Será que as mulheres também comentem assédio sexual e moral quando detém o poder? Arrisco a dizer também que sim. Quem nunca ouviu pelos corredores, Fulaninha é a poderosa, vive pegando geral e não dá em nada. ou que não que mantem outras mulheres distante para não disputar o “brilho”?

Nas empresas privadas, nas empresas públicas e grandes corporações como será que este tema são levados com a seriedade que deveria? Arrisco a dizer que não, afinal, como sao tratados casos praticado pelos “velhinhos” do andar de cima do alto escalão? Quem nunca ouviu falar funcionárias de baixo escalão ter restrições e medo de atender a sós determinadas pessoas do alto escalão?

Porque será que não existem denúncias de homens contra mulheres?

Será que o homem não tem coragem de se apresentarem como a vítima?

Será que é o medo de se transformar de assediado em assediador?

Será vergonha e medo de bullying do mundo corporativo?

Ou será pelo simples medo de se prejudicar e até mesmo perder o emprego?

E quando a vítima (homem ou mulher) é casada, será que o pânico da destruição da família é que impede a denúncia?

As mulheres estão cada dia mais competitivas e agressivas para atingir seus objetivos e na busca do poder.

Será que elas estão fazendo o mesmo que condenam nos homens?

Assunto polêmico né?

A falta de denúncias não significa a inexistência destas práticas.

Consequências

Será que este tipo de comportamento faz com que os homens sérios, bem casados e resolvidos, tenha restrição de trabalhar com mulheres e não as promovem para serem mantidas distantes?

Será que os homens têm medo de mulheres por perto, por receio de serem acusados de machistas ou de assediador?

Será que esta relação de causa e efeito vem restringindo as oportunidades, fechando as portas, para as mulheres?

Mulheres, fiquem espertas, as próprias mulheres podem esta bloqueando o tratamento igual de homens e mulheres, pelo simples fatos de não se comportarem como a mulher esperam que os homem se comportem!

Imagino que, se houvesse espaço para um debate sem extremismo deste assunto, os depoimentos seriam surpreendente e reveladores

Finalizando

Mulheres, vcs estão ai para ocupar o espaço de igual por igual com os homens, vocês são protagonistas e não podem deixar que sejam vítimas de suas próprias atitudes ou da ausência delas!

Na cultura do assédio, assediador pode ser homem ou mulher, mas quem sempre sai perdendo neste jogo é a mulher.

Então, não seja mero observador, denunciar é o melhor remédio para este mal!

Aproveitando, desejo que vcs celebrem e tenha um maravilhoso dia internacional das mulheres!

By IDFM
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