Ciclones no Brasil: o que são, como se formam e como se proteger deles

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Você já imaginou como seria se um furacão atingisse o Brasil? 

Esse é um cenário que parece improvável, mas não impossível. 

Os ciclones são tempestades tropicais que se formam em zonas de baixa pressão atmosférica e podem causar diversos estragos ao atingirem o continente. Os furacões são os ciclones mais intensos, com velocidade acima de 119 km/h, e são raros no Brasil. No entanto, outros tipos de ciclones, como os extratropicais, podem ocorrer com mais frequência e intensidade no país, especialmente no inverno.

Neste artigo, vamos explicar o que são os ciclones, como eles se formam, quais são os riscos que eles trazem e como se preparar para eles. Acompanhe!

O que são os ciclones e como eles se formam?

Os ciclones são sistemas de baixa pressão atmosférica, isto é, regiões causadoras de tempo adverso em grande escala. Eles se originam quando o ar quente e úmido sobe para as camadas mais altas da atmosfera, enquanto o ar frio, mais seco e mais denso, desce para a superfície. Isso provoca uma grande liberação de calor provocado pela condensação do ar quente e úmido, aquecendo a massa de ar e criando uma área de instabilidade.

A circulação dos ciclones difere-se nos dois hemisférios: no Hemisfério Norte, giram no sentido anti-horário, e no Hemisfério Sul, no sentido horário. Eles surgem normalmente nos oceanos, podendo durar vários dias e percorrer um longo caminho, com bastante intensidade.

Os ciclones podem ser classificados em diferentes tipos, de acordo com a sua origem e características:

  • Ciclone tropical: é o tipo mais conhecido e tempestuoso. Ele se forma em regiões de águas quentes (acima de 26°C) e baixa latitude (entre 5° e 20°). Ele tem um olho central onde a pressão é muito baixa e os ventos são calmos, cercado por uma parede de nuvens onde os ventos são mais fortes. Quando ele atinge uma velocidade acima de 119 km/h, ele recebe nomes diferentes conforme a região: furacão (no Atlântico e no Pacífico Leste), tufão (no Pacífico Oeste) ou ciclone (no Índico e no Pacífico Sul).
  • Ciclone subtropical: é um tipo intermediário entre o tropical e o extratropical. Ele se forma em regiões de águas mais frias (entre 20°C e 26°C) e latitudes médias (entre 20° e 40°). Ele tem um centro frio e uma circulação mais ampla que o tropical. Ele pode se transformar em um ciclone tropical ou extratropical, dependendo das condições atmosféricas.
  • Ciclone extratropical: é o tipo mais comum no Brasil. Ele se forma em regiões de águas frias (abaixo de 20°C) e altas latitudes (acima de 40°). Ele tem um centro quente e uma circulação mais irregular que o tropical. Ele é causado pela interação entre massas de ar frio e quente, gerando frentes frias ou quentes. Ele pode provocar chuvas intensas, ventos fortes e queda de temperatura.

Quais são os riscos dos ciclones no Brasil?

O Brasil não tem um histórico frequente de eventos desse tipo, mas eles podem ocorrer em algumas regiões, principalmente no Sul do país. Segundo uma pesquisa da Faculdade de Oceanografia da Universidade do Rio de Janeiro, entre os anos de 2004 e 2016, ocorreram no Brasil dois ciclones tropicais (Catarina e Anita), três subtropicais (Arani, Bapo e Cari) e 14 extratropicais.

Os ciclones extratropicais são os que mais afetam o Brasil, especialmente no inverno. Eles podem causar chuvas intensas, ventos fortes, granizo, neve, ressaca e queda de temperatura. Esses fenômenos podem provocar alagamentos, deslizamentos, quedas de árvores, destelhamentos, danos à rede elétrica e à agricultura, além de riscos à navegação e à aviação.

Um exemplo recente de ciclone extratropical que atingiu o Brasil foi o que ocorreu em junho de 2023, causando estragos em várias cidades das regiões Sul e Sudeste. O fenômeno foi chamado de “ciclone-bomba” por ter uma queda rápida e acentuada da pressão atmosférica em seu centro, aumentando a sua intensidade. Os ventos chegaram a 120 km/h em algumas localidades, provocando mortes, feridos e desabrigados.

Como se preparar para os ciclones no Brasil?

Apesar de serem raros e imprevisíveis, os ciclones podem ocorrer no Brasil e trazer riscos para a população. Por isso, é importante se informar e se preparar para esses fenômenos. Veja algumas dicas:

  • Acompanhe as previsões do tempo e os alertas dos órgãos competentes, como o Inmet, o Cptec e a Defesa Civil. Eles podem indicar a possibilidade de ciclones e os locais mais afetados.
  • Evite sair de casa durante o ciclone, a menos que seja necessário ou orientado pelas autoridades. Procure um local seguro e abrigado, longe de janelas, portas e objetos que possam ser arremessados pelo vento.
  • Feche bem as janelas e portas da sua casa e reforce-as com fita adesiva ou madeira. Retire ou amarre os objetos soltos no quintal ou na varanda, como vasos, cadeiras e bicicletas.
  • Tenha um kit de emergência com água potável, alimentos não perecíveis, lanternas, pilhas, rádio, documentos pessoais e remédios. Mantenha o celular carregado e com créditos.
  • Se estiver em uma área de risco de alagamento ou deslizamento, siga as orientações da Defesa Civil para evacuar o local com antecedência e segurança. Procure um abrigo público ou a casa de parentes ou amigos em áreas mais altas.
  • Se estiver na praia ou no mar, saia imediatamente e procure um local seguro em terra firme. Evite ficar próximo ao litoral, pois pode haver ressaca e ondas altas.
  • Se estiver dirigindo, reduza a velocidade e aumente a distância dos outros veículos. Evite passar por locais alagados ou com fiação elétrica exposta. Se possível, estacione o carro em um local seguro e abrigado.
  • Se estiver em um avião ou em um navio, siga as instruções da tripulação e mantenha a calma. Eles são preparados para lidar com situações adversas de clima.

Conclusão

Os ciclones são fenômenos naturais que podem causar diversos impactos no clima e na sociedade. No Brasil, eles são mais frequentes no Sul do país, principalmente no inverno. Eles podem provocar chuvas intensas, ventos fortes e queda de temperatura.

É importante se informar sobre os ciclones e se preparar para eles, seguindo as orientações das autoridades e dos órgãos competentes. Assim, é possível reduzir os riscos e os danos causados por esses fenômenos.

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By IDFM

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