COP26: Avançando na luta contra a crise climática

Originally posted 2023-06-25 18:59:00.

Saiba quais foram os principais acordos da COP26 e como eles podem impactar os esforços globais contra a crise climática que ameaça o planeta.

Você já ouviu falar da COP26? Se você acompanha as notícias sobre o clima, provavelmente já sabe que se trata de um evento muito importante para o futuro do nosso planeta. 

Mas você sabe o que é a cúpula do COP26 e por que ela é tão relevante para a crise climática?
Neste artigo, você vai entender o que é a cúpula do COP26, que é a 26ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Você vai saber quais são os principais objetivos, os participantes, a agenda e os resultados da cúpula, que aconteceu em Glasgow, Escócia, de 31 de outubro a 12 de novembro de 2023. Você também vai descobrir como a cúpula afeta os esforços globais para limitar o aquecimento global e se adaptar aos seus impactos.

O que é a cúpula do COP26?

A COP26 é a sigla para a 26ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês). A UNFCCC é um tratado internacional que foi assinado por quase todos os países do mundo em 1992, durante a Rio-92, com o objetivo de cooperar para combater as mudanças climáticas causadas pela atividade humana.
A COP é a reunião anual dos países que fazem parte da UNFCCC (Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima em inglês), onde eles discutem e negociam medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, que são os principais responsáveis pelo aquecimento global. A COP também serve para avaliar o progresso dos países na implementação dos acordos climáticos anteriores, como o Protocolo de Kyoto, de 1997, e o Acordo de Paris, de 2015.
O objetivo principal da COP26 foi discutir medidas para acelerar a implementação do Acordo de Paris, que é o mais ambicioso e abrangente acordo climático da história. O Acordo de Paris foi assinado por 197 países na COP21, em Paris, em 2015, e entrou em vigor em 2016. Ele estabelece que os países devem tomar medidas para manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais, e se esforçar para limitá-lo a 1,5°C.

Quem participou da cúpula do COP26?


A cúpula do COP26 contou com a participação de líderes de mais de 190 países, além de representantes de organizações internacionais, como a ONU, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), e de diversos setores da sociedade civil, como empresas, ONGs, movimentos sociais e grupos indígenas.
A presença global na cúpula foi fundamental para garantir que as decisões tomadas refletissem as diferentes realidades e necessidades dos países e das pessoas afetadas pelas mudanças climáticas. A cúpula também foi uma oportunidade para fortalecer o diálogo e a cooperação entre os países e os demais atores envolvidos na luta contra a crise climática.

O que foi discutido na cúpula do COP26?


A agenda da cúpula do COP26 abordou diversos temas relacionados às mudanças climáticas, como:
  • Mitigação: refere-se às ações para reduzir as emissões de gases de efeito estufa ou aumentar a capacidade de absorção de carbono pelos ecossistemas, como florestas e oceanos.
  • Adaptação: refere-se às ações para aumentar a resiliência e a capacidade de lidar com os impactos das mudanças climáticas, como secas, inundações, ondas de calor e perda de biodiversidade.
  • Financiamento climático: refere-se aos recursos financeiros necessários para apoiar as ações de mitigação e adaptação nos países em desenvolvimento, que são os mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas.
  • Transferência de tecnologia: refere-se ao intercâmbio de conhecimentos, equipamentos e serviços relacionados às soluções climáticas entre os países, especialmente dos mais desenvolvidos para os menos desenvolvidos.
Alguns dos tópicos específicos que foram discutidos durante a cúpula foram:
  • Metas de redução de emissões: os países apresentaram seus planos nacionais para cortar suas emissões até 2030 e alcançar a neutralidade carbônica até 2050, ou seja, emitir apenas o que for possível absorver. Esses planos são chamados de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês) e devem ser atualizados a cada cinco anos.
  • Proteção da biodiversidade: os países discutiram formas de preservar e restaurar os ecossistemas naturais, que são essenciais para o equilíbrio do clima e para a sobrevivência de milhões de pessoas que dependem dos serviços ambientais que eles fornecem, como água, alimentos e medicamentos.
  • Transição para energias renováveis: os países discutiram formas de acelerar a substituição dos combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural, por fontes de energia limpas e sustentáveis, como solar, eólica e hidrelétrica. Essa transição é fundamental para reduzir as emissões do setor energético, que é o maior responsável pelo aquecimento global.
  • Incentivo à mobilidade sustentável: os países discutiram formas de promover modos de transporte mais eficientes e menos poluentes, como bicicletas, transporte público e veículos elétricos. Essa mudança é importante para reduzir as emissões do setor de transporte, que é o segundo maior responsável pelo aquecimento global.

Quais foram os resultados e compromissos da cúpula do COP26?


A cúpula do COP26 terminou com a aprovação do chamado Pacto de Glasgow, um documento que resume os principais acordos e compromissos firmados pelos países participantes. Alguns dos resultados-chave da cúpula foram:
  • Acordo para limitar o aquecimento global a 1,5°C: os países reconheceram que as metas atuais de redução de emissões não são suficientes para evitar as consequências mais graves das mudanças climáticas e se comprometeram a revisá-las até 2022. Eles também concordaram em trabalhar para eliminar gradualmente o uso do carvão como fonte de energia e acabar com os subsídios aos combustíveis fósseis.
  • Compromisso com o financiamento climático: os países desenvolvidos reconheceram que não cumpriram a meta de mobilizar 100 bilhões de dólares por ano até 2020 para apoiar as ações climáticas nos países em desenvolvimento e se comprometeram a alcançá-la até 2023. Eles também se comprometeram a aumentar o apoio financeiro para a adaptação às mudanças climáticas nos países mais vulneráveis.
  • Regras para o mercado de carbono: os países finalmente definiram as regras para o uso dos mecanismos de mercado previstos no Artigo 6 do Acordo de Paris. Esses mecanismos permitem que os países cooperem entre si para reduzir suas emissões por meio da compra e venda de créditos ou permissões de carbono. As regras visam garantir a integridade ambiental dessas transações e evitar a dupla contagem das emissões reduzidas.
  • Ações concretas em setores-chave: os países anunciaram uma série de iniciativas conjuntas para acelerar as medidas climáticas em setores-chave da economia, como energia, transporte, agricultura e indústria. Algumas dessas iniciativas foram:
    • Declaração sobre o fim do carvão: mais de 40 países se comprometeram a eliminar o uso do carvão para geração de energia até 2030.
    • Aliança Global para o Metano: mais de 100 países se comprometeram a reduzir as emissões de metano em 30% até 2030.
    • Compromisso Florestal de Glasgow: mais de 100 países se comprometeram a acabar com o desmatamento e a degradação florestal até 2030.
    • Declaração sobre Mobilidade Zero Emissão: mais de 30 países se comprometeram a acelerar a transição para veículos com zero emissão de gases poluentes.

O impacto da COP26 nos esforços globais contra a crise climática


A cúpula do COP26 foi considerada um passo importante, mas não suficiente, para enfrentar a crise climática que ameaça o planeta e a humanidade. Os acordos e compromissos alcançados na cúpula têm o potencial de influenciar as ações globais para limitar o aquecimento global e se adaptar aos seus impactos, mas dependem da implementação efetiva e da revisão periódica dos países.
Alguns dos efeitos da cúpula na luta contra a crise climática são:
  • Aumento da conscientização pública: a cúpula atraiu a atenção da mídia e da sociedade para a urgência e a gravidade do problema climático. Milhares de pessoas participaram de manifestações e protestos em Glasgow e em outras partes do mundo, exigindo mais ambição e ação dos líderes políticos. A voz dos jovens, dos povos indígenas e das comunidades mais afetadas pelas mudanças climáticas também ganhou mais espaço e visibilidade.
  • Mobilização de recursos: a cúpula estimulou o anúncio de novos investimentos e parcerias para apoiar as soluções climáticas. Além dos compromissos dos governos, o setor privado, as instituições financeiras e as organizações filantrópicas anunciaram iniciativas e recursos para promover a transição para uma economia de baixo carbono e para apoiar os países e as populações mais vulneráveis.
  • Cooperação internacional: a cúpula reforçou a importância do multilateralismo e da diplomacia para enfrentar os desafios climáticos. Apesar das divergências e das tensões entre os países, houve um esforço coletivo para chegar a um consenso e a um compromisso comum. A cúpula também incentivou o diálogo e a colaboração entre diferentes atores, como governos, empresas, ONGs e academia.

Conclusão


A cúpula do COP26 foi um marco significativo na luta contra a crise climática, mas não o fim da jornada.
Os países precisam cumprir e aumentar suas metas de redução de emissões, os países desenvolvidos precisam cumprir suas promessas de financiamento climático, os países em desenvolvimento precisam acelerar sua transição para uma economia verde e inclusiva.
Todos nós, como indivíduos, governos e setores da sociedade, precisamos continuar a tomar medidas concretas para enfrentar os desafios climáticos. O futuro do nosso planeta depende das nossas escolhas e das nossas ações hoje.
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By IDFM
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