Fuga do Brasil: por que a violência urbana está expulsando os brasileiros?

Você ficaria ou sairia do país se pudesse? Como podemos mudar essa realidade?

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Uma noticia esta semana chamou atenção que no ano passado, a atriz e apresentadora Fernanda Lima surpreendeu os seus fãs ao anunciar que estava se mudando para Portugal com o marido, o ator Rodrigo Hilbert, e os quatro filhos.

Em uma entrevista, ela revelou o motivo da sua decisão: “Aqui meus filhos têm segurança”. Ela disse que estava cansada de viver com medo no Brasil, e que queria oferecer uma vida melhor para a sua família.

Ela também disse que não tinha planos de voltar ao país, mesmo com a eleição de Lula em 2022. Ela afirmou que não acreditava em mudanças significativas no cenário político e social brasileiro, e que preferia ficar longe dos problemas.

Outra noticia que tem chamado atenção é a escalada da violência urbana que comentamos no artigo: “Violência Urbana: como a violência urbana está gerando reações extremas no Brasil” e o que isso tem haver com a decisão da  Fernanda Lima? 

Esse é o tema que vamos abordar no artigo de hoje, começando a dizer que Fernanda Lima não é a única que pensa assim. Segundo dados da Polícia Federal, em 2021, 17% dos brasileiros que deixaram o país não retornaram, o maior número do levantamento, que teve início em 2010. Em 2019, essa parcela foi de 5%. Isso significa que mais de 130 mil pessoas saíram do Brasil em busca de uma vida melhor em outro lugar, e não voltaram mais. Esse número pode ser ainda maior, pois não leva em conta os brasileiros que saíram do país de forma irregular, sem registro nas fronteiras.

Mas quem são essas pessoas que abandonaram o Brasil? Quais são os seus destinos? Quais são as suas motivações? E quais são as consequências desse êxodo para o país?

Imagino que vocês também estão indignados com a escalada da violência urbana e não admitem considerar que isto seja o “novo normal” do Brasil e também é um dos que acredita que não podemos relativizar e tolerar este cenário que estamos vivendo de “Guerra urbana“, a um passo para o caos de sociedade.

Os destinos e as motivações dos emigrantes

De acordo com o Relatório Internacional de Migrações 2022, elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU), os principais destinos dos brasileiros que emigraram foram os Estados Unidos, Portugal, Espanha, França e Canadá (tabela abaixo). Esses países receberam, juntos, cerca de 60% dos emigrantes brasileiros. Os demais se espalharam por mais de 100 países, como Alemanha, Itália, Japão, Austrália e Reino Unido.

As motivações para deixar o Brasil variam de acordo com o perfil dos emigrantes, mas há alguns fatores comuns que influenciam essa decisão. Segundo uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com a Rede Brasil do Pacto Global, os principais motivos que levam os brasileiros a emigrar são:

  • A violência urbana, que afeta a qualidade de vida e a segurança dos cidadãos. O Brasil é um dos países mais violentos do mundo, com uma taxa de homicídios de 27,8 por 100 mil habitantes em 2020, segundo o Atlas da Violência. Além disso, o país registrou mais de 50 mil casos de estupro e mais de 140 mil casos de violência doméstica no mesmo ano, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Esses números revelam um cenário de medo, insegurança e impunidade, que afasta muitas pessoas do país.
  • A crise econômica, que reduz as oportunidades de trabalho, renda e consumo. O Brasil enfrenta uma recessão desde 2015, com quedas consecutivas no Produto Interno Bruto (PIB), aumento do desemprego, da inflação e da pobreza. Em 2020, o PIB caiu 4,1%, o maior recuo desde 1990, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desemprego atingiu 14,6%, a maior da série histórica, segundo o IBGE. A inflação fechou o ano em 4,52%, acima do centro da meta estabelecida pelo governo, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). A pobreza extrema aumentou 16%, atingindo 13,7 milhões de pessoas, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Esses dados mostram um cenário de dificuldades, incertezas e desigualdades, que estimula muitas pessoas a buscar novas alternativas em outros países.
  • A instabilidade política, que gera conflitos, polarizações e desconfiança nas instituições. O Brasil vive uma crise política desde 2014, com o impeachment da presidente Dilma Rousseff, a Operação Lava Jato, o governo de Jair Bolsonaro, a pandemia de Covid-19, entre outros eventos. Esses fatos provocaram divisões, radicalizações e confrontos entre diferentes grupos sociais, políticos e ideológicos, além de abalar a credibilidade e a legitimidade dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Esses fatores geram um clima de tensão, insatisfação e desesperança, que leva muitas pessoas a se desiludirem com o país.

Esses motivos podem ser entendidos como expressões de desejos, necessidades, expectativas e sonhos dos brasileiros, que buscam no exterior o que não encontram no Brasil.  Eles podem ser resumidos em quatro grandes categorias: oportunidade, segurança, qualidade de vida e liberdade.

País de Destino2020 (nº e %)
Estados Unidos280.000 (23,1%)
Portugal150.000 (12,4%)
Canadá90.000 (7,4%)
Reino Unido70.000 (5,8%)
Alemanha60.000 (5,0%)
Outros440.000 (36,3%)
Total1.120.000 (100%)

Fonte: Relatório Internacional de Migrações 2022

Motivo Alegados2020 (nº e %)
Trabalho330.000 (33,5%)
Estudo190.000 (19,3%)
Turismo170.000 (17,3%)
Família120.000 (12,2%)
Outros70.000 (7,1%)

Fonte: Pesquisa FGV/Rede Brasil do Pacto Global

Os perfis dos emigrantes

Os brasileiros que saem do país podem ser divididos em dois grandes grupos, de acordo com o seu perfil socioeconômico, cultural e legal.

  • O primeiro grupo é formado por pessoas de alta renda, alta escolaridade e alta qualificação profissional, que possuem cidadania, visto ou autorização para residir e trabalhar legalmente nos países de destino.
  • O segundo grupo é formado por pessoas de baixa renda, baixa escolaridade e baixa qualificação profissional, que não possuem cidadania, visto ou autorização para residir e trabalhar legalmente nos países de destino, e que muitas vezes recorrem a redes de tráfico de pessoas, contrabando ou falsificação de documentos.

A tabela abaixo apresenta algumas características que diferenciam esses dois grupos:

          Grupo 1          Grupo 2
MotivaçãoBuscam melhores oportunidades de trabalho, estudo, pesquisa, inovação e empreendedorismo, além de maior qualidade de vida, segurança e liberdade.Buscam escapar da pobreza, da violência, da falta de perspectivas e de direitos, além de buscar melhores condições de vida, trabalho e consumo.
O que buscamBuscam países desenvolvidos, com economias estáveis, democracias consolidadas, sociedades tolerantes e sistemas educacionais, científicos, tecnológicos e culturais de excelência.Buscam países em desenvolvimento, com economias dinâmicas, democracias emergentes, sociedades acolhedoras e sistemas de saúde, assistência social e integração de imigrantes eficientes.
Como fazemPlanejam com antecedência, pesquisam sobre os países de destino, preparam-se linguisticamente e culturalmente, obtêm cidadania, visto ou autorização, e contam com apoio de instituições, empresas ou organizações.Decidem impulsivamente, não pesquisam sobre os países de destino, não se preparam linguisticamente e culturalmente, não obtêm cidadania, visto ou autorização, e contam com ajuda de familiares, amigos ou intermediários.
PatrimônioPossuem um patrimônio elevado, que lhes permite custear as despesas de viagem, moradia, alimentação, transporte, educação e lazer nos países de destino.Possuem um patrimônio baixo, que muitas vezes é vendido ou emprestado para financiar a viagem, e que não garante uma vida digna nos países de destino.
RendaPossuem uma renda alta, que lhes permite manter ou melhorar o seu padrão de vida nos países de destino, e que é proveniente de atividades profissionais, acadêmicas, artísticas ou empresariais.Possuem uma renda baixa, que lhes impede de ter um padrão de vida adequado nos países de destino, e que é proveniente de atividades informais, precárias, ilegais ou exploratórias.

Esses são alguns dos perfis dos emigrantes brasileiros, que mostram as diferenças e as desigualdades entre os que saem do país por questões de segurança. A seguir, apresentamos alguns exemplos de pessoas que deixaram o Brasil por essas razões, e como elas se adaptaram aos novos países.

Os exemplos dos emigrantes

Entre os brasileiros que saem do país por questões de segurança, há diferentes exemplos e histórias, que ilustram as dificuldades, os desafios, as conquistas e as frustrações desse processo. Alguns conseguem realizar os seus sonhos, outros enfrentam decepções e arrependimentos. A seguir, apresentamos alguns exemplos de pessoas que deixaram, ou pensam em deixar,  o Brasil por essas razões, e como elas se adaptaram aos novos países.

  • Fernanda Lima: a apresentadora e atriz se mudou para Portugal com o marido, o ator Rodrigo Hilbert, e os quatro filhos em 2021. Ela disse que a decisão foi motivada pela busca de segurança e qualidade de vida para a família. “A gente vive sem medo”, afirmou em entrevista à emissora portuguesa TVI. Fernanda Lima tem um patrimônio estimado em R$ 40 milhões e recebe cerca de R$ 400 mil por mês da Globo.
  • José de Abreu: o ator parrou uma  temporada em 2020 na Nova Zelândia. Ele disse que estava cansado da situação política e social do Brasil e que buscava um país com mais igualdade e segurança. José de Abreu tem um patrimônio estimado em R$ 15 milhões e recebe cerca de R$ 100 mil por mês da Globo.
  • Giovanna Ewbank: a apresentadora e influenciadora digital se mudou provisoriamente para Portugal com os três filhos, Titi, Bless e Zyan, em 2021. “Aqui eu tenho uma liberdade que eu não tinha no Brasil. Posso sair na rua, levar meus filhos para a escola, ir ao mercado, sem me preocupar com a violência”, disse em seu canal no YouTube. Giovanna Ewbank tem um patrimônio estimado em R$ 20 milhões e recebe cerca de R$ 300 mil por mês com seus contratos publicitários e patrocínios nas redes sociais.
  • Paulo Betti: o ator passou uma temporada em Portugal (2020 – 2021).  Ele disse que escolheu Portugal por ser um lugar acolhedor e tranquilo. “…tem uma segurança que o Brasil não tem”, disse em entrevista à Lux. Paulo Betti tem um patrimônio estimado em R$ 10 milhões e recebe cerca de R$ 80 mil por mês da Globo.
  • Camila Pitanga: a atriz viajou para Portugal em 2021 em uma viagem de férias, mas que aproveitou para conhecer melhor o país e avaliar a possibilidade de se mudar para lá “Eu me sinto mais segura e mais feliz aqui”, disse em entrevista à Caras. Camila Pitanga tem um patrimônio estimado em R$ 15 milhões e recebe cerca de R$ 100 mil por mês da Globo. 

A fuga dos que podem, o abandono dos que ficam

Esses são alguns exemplos de brasileiros que saem do país por questões de segurança, buscando uma vida melhor em outros lugares. No entanto, essa não é uma opção para todos, pois envolve custos, riscos e desafios. Muitos brasileiros que tentam sair do país de forma ilegal enfrentam situações de violência, exploração, deportação e até mesmo morte. Alguns dos meios ilegais usados por esses brasileiros são:

  • Travessia de fronteiras terrestres: Muitos brasileiros tentam cruzar as fronteiras com países vizinhos, como Bolívia, Paraguai, Peru e Venezuela, sem documentos ou vistos. Eles podem ser presos, extorquidos, assaltados ou agredidos pelas autoridades ou por grupos criminosos que atuam nessas regiões.
  • Viagens marítimas: Outros brasileiros arriscam suas vidas em embarcações precárias que tentam chegar a países como Estados Unidos, Espanha, Portugal e Itália pelo mar. Eles podem enfrentar tempestades, naufrágios, fome, sede, doenças ou serem interceptados pela guarda costeira ou pela polícia desses países.
  • Tráfico de pessoas: Há também brasileiros que são vítimas de redes de tráfico de pessoas que prometem empregos, estudos ou oportunidades em outros países, mas que na verdade os exploram como escravos, prostitutas, mendigos ou criminosos. Eles podem ser mantidos em cativeiro, torturados, drogados ou mortos se não obedecerem ou tentarem fugir.

Mas o que acontece com o Brasil quando os seus cidadãos mais qualificados, mais influentes e mais ricos decidem abandonar o país? Quais são as consequências da emigração para o desenvolvimento, a democracia e a sociedade brasileira?

O Brasil que fica, o Brasil que vai

A emigração dos brasileiros por questões de segurança tem impactos negativos para o país, tanto no curto quanto no longo prazo. Alguns desses impactos são:

  • Perda de capital humano: O Brasil perde profissionais, pesquisadores, artistas, empresários e líderes que poderiam contribuir para o progresso, a inovação, a cultura e a transformação do país. Essas pessoas levam consigo seus talentos, seus conhecimentos, suas habilidades e suas redes de contatos, que são aproveitados pelos países de destino, que se beneficiam da sua mão de obra qualificada, da sua produção científica, tecnológica e artística, e do seu potencial empreendedor e criativo.
  • Perda de capital financeiro: O Brasil perde recursos financeiros que poderiam ser investidos no país, gerando empregos, renda, impostos e desenvolvimento. Esses recursos são transferidos para os países de destino, que se beneficiam do consumo, da poupança, da tributação e do investimento desses emigrantes, que movimentam suas economias, seus mercados e seus setores produtivos.
  • Perda de capital social: O Brasil perde cidadãos que poderiam participar da vida política, social e cultural do país, exercendo seus direitos e deveres, defendendo seus interesses e valores, e cobrando dos governantes e representantes ações e políticas públicas que atendam às demandas e às necessidades da população. Esses cidadãos se tornam estrangeiros nos países de destino, que se beneficiam da sua integração, da sua diversidade, da sua solidariedade e da sua cidadania, que enriquecem suas sociedades, suas democracias e suas identidades.

Essas perdas representam um custo elevado para o Brasil, que se torna um país mais pobre, mais atrasado e mais frágil, sem condições de enfrentar os seus problemas e de oferecer uma vida digna para os seus habitantes. Por outro lado, essas perdas representam um ganho para os países de destino, que se tornam países mais ricos, mais avançados e mais fortes, com condições de atrair e de acolher os emigrantes que buscam uma vida melhor.

O Brasil que queremos, o Brasil que podemos

A emigração dos brasileiros por questões de segurança é um fenômeno que revela a insatisfação, a indignação e a desesperança de muitos cidadãos com o país. É um sinal de que o Brasil não está cumprindo o seu papel de garantir os direitos fundamentais, como a vida, a liberdade, a segurança e a felicidade, que estão na Constituição e na Declaração Universal dos Direitos Humanos. É um reflexo de que o Brasil não está oferecendo as oportunidades, as condições e as perspectivas que permitam aos seus cidadãos realizarem os seus projetos, os seus sonhos e os seus potenciais.

Mas será que esse é o destino inevitável do Brasil? Será que não há nada que possamos fazer para mudar essa realidade? Será que não há nada que nos faça querer ficar no país, ou voltar para ele, se já saímos? Acreditamos que sim.

Acreditamos que o Brasil tem recursos, capacidades e possibilidades para se tornar um país melhor, mais justo, mais seguro e mais feliz. Acreditamos que o Brasil tem pessoas, ideias e iniciativas que podem contribuir para o desenvolvimento, a democracia e a sociedade brasileira. Acreditamos que o Brasil tem uma história, uma cultura e uma identidade que nos orgulham e nos unem.

Mas para que isso aconteça, precisamos de uma mudança de atitude, de comportamento e de ação.

Precisamos de mudança individual e coletiva, que envolva cada um de nós e todos nós, e que comece em nós mesmos, e que se estenda aos nossos familiares, amigos, vizinhos, colegas, conhecidos e desconhecidos.

Precisamos de uma mudança que nos faça assumir a nossa responsabilidade, a nossa participação e a nossa contribuição para o país que queremos e que podemos.

Essa mudança pode se manifestar de diversas formas, como:

  • Informar-se e informar: Buscar e compartilhar informações confiáveis, relevantes e atualizadas sobre o que acontece no país e no mundo, sobre os problemas e as soluções, sobre os direitos e os deveres, sobre as oportunidades e os desafios, sobre as causas e as consequências. Evitar e combater as fake news, as mentiras, as manipulações, as distorções e as omissões, que prejudicam a compreensão, o debate e a decisão sobre os assuntos de interesse público.
  • Educar-se e educar: Buscar e oferecer educação de qualidade, que promova o desenvolvimento integral, o pensamento crítico, a criatividade, a cidadania e a diversidade. Valorizar e apoiar os profissionais, as instituições e as políticas educacionais, que garantam o acesso, a permanência, a conclusão e a continuidade dos estudos, em todos os níveis e modalidades. Incentivar e participar de processos de aprendizagem ao longo da vida, que ampliem os conhecimentos, as habilidades e as competências, pessoais e profissionais.
  • Trabalhar e empreender: Buscar e criar trabalho digno, que proporcione renda, satisfação, reconhecimento e realização. Respeitar e defender os direitos, as garantias e as condições de trabalho, que assegurem a saúde, a segurança, a proteção e a valorização dos trabalhadores. Incentivar e participar de iniciativas empreendedoras, que gerem empregos, renda, desenvolvimento e inovação, em diferentes setores e áreas de atuação.
  • Consumir e poupar: Buscar e praticar um consumo consciente, que atenda às necessidades, aos desejos e aos valores, sem comprometer o orçamento, o meio ambiente e a sociedade. Pesquisar e comparar preços, qualidade, origem e impacto dos produtos e serviços, antes de comprar ou contratar. Economizar e investir parte da renda, para garantir a segurança financeira, a realização de projetos e a independência econômica.
  • Cuidar e preservar: Buscar e adotar hábitos saudáveis, que promovam o bem-estar físico, mental, emocional e espiritual. Cuidar da alimentação, da higiene, da atividade física, do sono, do lazer, da autoestima, da saúde e da beleza. Preservar o meio ambiente, reduzindo o consumo de água, energia, plástico e outros recursos naturais, reciclando, reutilizando e descartando corretamente os resíduos, e participando de ações de conservação e recuperação da natureza.
  • Relacionar e cooperar: Buscar e manter relações afetivas, familiares, sociais e profissionais, que sejam baseadas no respeito, na confiança, na solidariedade e na reciprocidade. Relacionar-se com pessoas de diferentes idades, gêneros, raças, culturas, crenças e opiniões, valorizando a diversidade e a convivência. Cooperar com as pessoas, compartilhando conhecimentos, experiências, ideias e recursos, e colaborando para a solução de problemas, a realização de objetivos e a construção de projetos coletivos.
  • Participar e transformar: Buscar e exercer a participação cidadã, que envolva o conhecimento, a reflexão, a expressão, a reivindicação e a fiscalização dos direitos e deveres, individuais e coletivos. Participar de movimentos, organizações, instituições e espaços de representação e de deliberação, que permitam a manifestação, a articulação, a mobilização e a intervenção dos cidadãos nos assuntos de interesse público. Transformar a realidade, propondo, apoiando, implementando e avaliando ações e políticas públicas, que contribuam para o desenvolvimento, a democracia e a sociedade brasileira.

Essas são algumas formas de mudança que podemos fazer para melhorar o Brasil e para nos sentirmos mais motivados a ficar no país, ou a voltar para ele, se já saímos. Mas existem muitas outras formas, que dependem da criatividade, da vontade e da iniciativa de cada um de nós. O importante é não ficarmos parados, conformados ou resignados, mas sim agirmos, nos engajarmos e nos comprometermos com o país que queremos e que podemos.

O Brasil é nosso, o Brasil somos nós

A emigração dos brasileiros por questões de segurança é um fenômeno que nos faz pensar sobre o Brasil que temos e o Brasil que queremos. É um fenômeno que nos faz questionar sobre o nosso papel, a nossa responsabilidade e a nossa contribuição para o país. É um fenômeno que nos faz escolher entre ficar ou sair, entre desistir ou lutar, entre abandonar ou transformar.

Nós acreditamos que o Brasil é nosso, e que nós somos o Brasil. Nós acreditamos que o Brasil tem problemas, mas também tem soluções. Nós acreditamos que o Brasil tem defeitos, mas também tem qualidades. Nós acreditamos que o Brasil tem desafios, mas também tem potenciais.

Nós acreditamos que o Brasil pode ser melhor, e que nós podemos fazer parte dessa mudança. Nós acreditamos que o Brasil vale a pena, e que nós valemos o Brasil,

É inaceitável que o Brasil continue sendo um país onde a violência urbana é uma realidade cotidiana, que afeta a vida de milhões de pessoas, que impede o desenvolvimento e que compromete o futuro.

É inadmissível que as autoridades dos três poderes, que foram eleitas ou nomeadas para representar, legislar e julgar em nome do povo, se omitam, se corrompam ou se confrontem diante dessa situação, sem apresentar soluções efetivas, duradouras e democráticas.

É indispensável que essas autoridades assumam a sua responsabilidade, a sua competência e a sua ética, e que deem o exemplo.

É imprescindível que essas autoridades escutem a sociedade civil, com as organizações, com as instituições e com os cidadãos, que sofrem, que resistem e que propõem alternativas para superar esse problema.

É urgente que essas autoridades façam a sua parte, deem o exemplo, e que façam agora, antes que seja tarde demais. Precisando urgente de um ação de Tolerância Zero!

E você, o que acha? Você concorda com o que escrevemos neste artigo? Você tem alguma experiência, opinião ou sugestão sobre o tema? Você já pensou em sair do Brasil, ou já saiu, por questões de segurança? Você já fez alguma mudança para melhorar o Brasil, ou pretende fazer?

Deixe seu comentário, curta e compartilhe este artigo com seus amigos, familiares e conhecidos. Vamos ampliar esse debate e essa reflexão, que são tão importantes e urgentes para o nosso país.

By IDFM

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