A ANATEL recentemente declarou que a Internet Fixa com acesso Ilimitado está com os dias contados, criando uma polemica com os consumidores com a possibilidade do aumento do preço, decorrente de cobrança pelo volume de dados trafegados, ou até mesmo o bloqueio do acesso ao atingir determinado volume.
Diante da polêmica, observei algumas correntes: os que concordam em pagar mais, desde que sejam garantidas a qualidade e velocidade contratada; os que simplesmente não concordam e aqueles que consideram que o serviço precisa ser melhorado antes de se pensar nisso.
A repercussão desta declaração foi além do suportável pela ANATEL, que resolveu suspender a decisão que permitiria limitar a banda larga dos clientes. Observem que não é uma decisão final, apenas suspende a decisão.
Ou seja, ainda vai rolar muita água !
Diante disso, não podia ficar fora deste debate e resolvi escrever sobre assunto para provocar um pouco mais a polêmica. Como ficou extenso, Vamos abordar em 3 publicações, sendo:
- Este Post inicial, com analogias com outros setores (Elétrico, televisão)
- Segundo Post com alguns modelos de negócios que sugam a Internet
- A finalização com uma conclusão da contexto tratado e com o questionamento de Que modelo seguir?
Numa primeira análise, entendo que o desafio é encontrar um modelo que preserve o acesso ilimitado para os consumidores de forma geral, mas que gere receita suficiente para remunerar os investimentos, que são necessários para um prestação de serviço com qualidade. Há de se lembrar que sem um backbone adequado, nada vai funcionar adequadamente.
Imagine ter que conviver com “rodízio” ou “racionamento” de acesso à internet?
A motivação da mudança é meramente financeira, os investimentos feitos precisam ter retorno que remunere o investidor de forma que gere lucro. Ninguém investe se não tiver retorno e para ter retorno tem que ter receita adequada… Simples assim!
ANALOGIAS
Fazendo uma analogia ao setor de energia elétrica, por exemplo, se o modelo de uso ilimitado fosse adotado, imagina o que aconteceria? Os recursos finitos seriam saturados rapidamente e teríamos os apagões como parte da prestação do serviço…
O investimento neste setor é regulamentado por tarifas que remuneram desde quem produz, transmite e distribui de maneira suficiente para que os investimentos sejam realizados.
O consumo também é regulado pelas tarifas e regras de consumo, quanto mais se consome, mais se paga. Dependendo do horário de consumo, pode-se pagar mais ou menos, dependendo da demanda daquele horário.
Outra analogia que pode ser feita é ao segmento de televisão, teoricamente um serviço com acesso ilimitado que você pode usar quanto quiser, mas com poucas opções de emissoras na TV aberta. Para se ter acesso a opções teoricamente “ilimitadas” de programação é preciso pagar caro pelas assinaturas, em contrapartida quem paga tem acesso a outra qualidade de serviço.
No entanto, nestes dois modelos de negócio tem o patrocínio dos anunciantes que permite remunerar quem produz, transmite, distribui e permite a geração de caixa para novos investimentos.
São modelos tradicionais da era da “economia analógica”, mas que preservam o princípio de investimento para continuidade e mordenização dos serviços.
Porque com a internet não poderia ser igual ?
Continuamos nos próximos posts…
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