Internet ilimitada – Que modelo seguir?

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Este é o último Post que finaliza a série de 3 que resolvi escrever em razão da polêmica da internet inimitada, nos outros dois tivemos: 

Não existe solução mágica, dificilmente existirá uma solução que atenda a todos, as forças dos agentes que participam do contexto da internet (consumidores, provedores de acesso, de infraestrutura, de conteúdo, de serviços, governo, agência regulatória) são contraditórias, quando se fala em quem vai pagar a conta. A única convergência existente é a necessidade de um serviço com qualidade.

Existem os modelos usados em outros países e está aí a conveniência da ANATEL com a lei do menor esforço, copiar e transferir o ônus para os consumidores (veja http://olhardigital.uol.com.br/pro/noticia/como-a-anatel-americana-combate-o-limite-de-dados-na-internet-dos-eua/57646?cmpid=fb-uolnot).

Se é para mudar o modelo, que seja um que esteja preparado para o futuro, para quando IoT, Big Data, Clouds conectadas estarão no cotidiano, quando a rede será uma malha de dispositivos conectados e o consumidor serão a menor fatia.

QUAL O MODELO?

Como dito no Post inicial, o desafio é encontrar um modelo que preserve o acesso ilimitado para os consumidores e que gere receita para os investimentos continuem sendo realizados para ter um serviço com qualidade.


Não adianta continuar ajustando o modelo atual.


Que tal inverter as regras de tarifação  de tráfego para um novo modelo ?

  • Imagine um modelos que, quem  injeta o tráfego na rede, paga pelo volume de dados injetado (upload);
  • Imagine também que,  quem consome o conteúdo, paga pelo acesso à rede (velocidade), por um SLA (QoS) e pelo upload ao invés do download;
  • Imagine um modelo que, isenta de impostos os acessos residenciais; 

Neste modelo se preserva acesso Ilimitado,  para  os “pobres mortais” que só consome informação e geram negócios para os Grandes Players, ele deixam de pagar pelo volume recebido (downloads), passa paga por upload feito (custo variável) , continua pagando um custo fixo da porta de acesso e adicionalmente  por um SLA.

Já os provedores de informações e datacenters que prestam serviços e usam a rede, pagando no mesmo modelo, passam a pagar pelo volume de dados injetados na rede (acessados deles).

Como consequências, sendo cobrado o volume injetado, o provedores de informação, datacenters passarão a ser mais criteriosos e mais eficientes na geração e distribuição dos conteúdos, com técnicas que economizem bits transmitidos. Muito lixo trafega pela rede atualmente por não serem onerados por estes lixos:

  • Quantas mensagem são transmitidas que são clonadas no envio e poderiam não existir ?
  • Quantos conteúdos em mensagem existem que não servem para nada. Nos e-mail as notas de advertência é um exemplo clássico, nas páginas as imagens e informações desnecessárias…
  • Quantas páginas que trafegam sem o mínimo de compressão, nem mesmos as básicas ?

Finalizando.


A ANATEL tem que fazer o seu papel de agência reguladora que resguarde os direitos da sociedade  e não ser defensora das  empresas (essa tem ótimas bancas de advogados para cuida de seus interesses).


Que tal ANATEL fiscalizar e fazer com que as empresas garantam  a qualidade da rede e dos serviços?

A sociedade precisa ficar atenta, porque os grandes players vão continuar querendo transferir o ônus para o consumidor final e vão fazer campanhas “subliminares” atacando a qualidade da rede para fazer a cabeça dos consumidores para forçar o governo assumir o a responsabilidade de fazer investimento público em negócio meramente privado… 

Vão fazer, por exemplo, analogias como rodovias, pedágios, ou até mesmo com exemplos de outros países, para que os consumidores aceitem serem  onerados pelo aumento da tarifa para arcar com o investimento…

A certeza é que o modelo precisa mudar, mas o acesso à internet não pode ser equiparada ao setor elétrico, TV, entretenimento e tantos outros. A internet não é apenas um rede, é um agente de ruptura permanente,  capaz de transformar a sociedade com o poder de distribuição e universalização do conhecimento, e isso faz muita diferença para uma sociedade.

O modelo precisa mudar antes que IoT (internet das coisas) torne-se amplamente usada, com seus bilhões de dispositivos injetando ainda mais tráfego (veja http://avisara.blogspot.com.br/2015/11/cloud-e-iot-alucinacoes-em-zettabytes.html?m=1 ).

Então, “nada do que foi será do mesmo jeito que já foi um dia”, nem mesmo o modelo que onera o consumidor final sobrevirá nesta nova realidade. 

Imagine um dia em que o consumidor vai ter acesso livre, sem custo e ainda sendo remunerado por acesso ou exposição aos anunciantes… Utópico mas não impossível. 

E você ? O que você acha ? 

Que modelo seguir ?

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