Patinete – O paradoxo da Mobilidade Urbana

Estava pensando agora no paradoxo da gestão da mobilidade urbana que vem sendo “fomentado” por algumas cidades e promovidos pela mídia, o que me levou a escrever este post.

Os transportes alternativos chegaram como solução criativa para o transporte individual, um privilégio que sempre foi visto como o grande vilão da mobilidade urbana, passam a ser o vilão da história.

Isso mesmo, passou de solução para um problema aos olhos dos “gestores” da mobilidade urbana.

Sem atender aos interesses do transporte individual, estão buscando “formas” de “minar” as soluções e manter o caos provocado pelo transporte individual, “entupir” as ruas e aumentar o faturamento do transporte coletivos para curtas distâncias … francamente!

Interessante de tudo isso é que, de uma hora para outra, várias cidades estão “preocupadas” com a regulamentação de patinetes elétricos, como se tivesse “alguém” orquestrando este movimento.

A mídia também “resolveu” fazer matérias jornalísticas dando conta de acidentes, alegando suportas estatísticas de “supostas” “clínica particular”. Estranho não?

O estranho não fica aí… estão levando os patinetes para disputar espaços com os carros, para mim é uma nítida forçada de barra que fará os usuários desistirem deste meio de transporte alternativo.

Pelo menos é o que diz as regras da Prefeitura de São Paulo que proíbe a circulação nas calçadas, diferente do Código Brasileiro de Trânsito (CTB) que prevê que os patinetes andem somente em áreas de circulação de pedestres, ciclovias e ciclofaixas. Como pode?

Fala-se de acidentes de patinetes e bicicletas como sendo o mal, mas acidentes sempre existiram e vão existir.

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É preciso ficar atendo e ter cuidado com este movimento.

A quem realmente interessa a rigidez das “regras”?

É preciso ficar alerta para que não seja o velho estilo de gestão pública do “criar de dificuldades para vender facilidade”, travestidos de regulamentação.

A ideia de multar os prestadores de serviços (com valores de R$ 100 a R$ 20mil), por descumprimento das regras pelos usuários, me faz lembrar das regras que a União Europeia aprovou recentemente “contra” a Bigs da Internet que irão levá-las a abandonar a Europa nos próximos anos.

Pelas regras, penso que estão claramente querendo tirar as empresas do mercado brasileiro, ou criar uma barreira que favorece alguém!

Resta saber quem ganha com isso?

Será que as empresas de transporte coletivo, urberes e taxistas tinham perdido faturamento com os usuários de trajetos curtos que passaram a usar as Bikes e os patinetes?

Será que os bancos (mais visíveis para mim), que exploram as bikes já algum tempo, viram os planos de negócios deles ruírem com a entrada de concorrente e novas formas de locomoção?

Penso que deve ter regulamentação sim.

Penso que deve ter regulamento para a ocupação do espaço público que estas empresas fazem com seus equipamentos estacionados “jogados de qualquer jeito” para a prestação do Serviço.

Vejo a ocupação de grandes áreas nas ruas com estações de Bicicletas e sempre me pergunto, será que pagam pela ocupação?

Uma cidade com poucas áreas de estacionamentos, não pode se dar ao luxo de disponibilizar áreas segregadas para bikes privadas e mesas de espera para restaurantes, não é mesmo São Paulo? (Duvido muito que eu ou qualquer mortal conseguiria ocupar a via pública)

Aqueles que não encontraram outro meio de sustentar a família e partiram para vender frutas ou um café da manhã, são caçados pela fiscalização como “um mal” para a mobilidade urbana, não pode ser diferente para as bikes e patines quando estão estacionados, não é verdade?

Quem presta os serviços de bike e patins são grandes empresas, porque elas não alugam imóveis ou vagas de estacionamentos para estacionar seus equipamento e prestar o serviço?

Não adianta querer criar as dificuldades.

As soluções criativas para o problema de mobilidade urbana não podem ser barradas por regras, regulamentações que não enxerguem o interesse da sociedade, não pode ser uma “muleta” para manter as empresas atuais que dominam o mercado com os transportes tradicionais.

Imagino quanto foi duro para os automóveis “decolarem”, atolados no mar de lama de bosta dos cavalos e das cabeças dos burocratas da época! Guardadas as Proporções, estamos passando pelo mesmo momento!

Quem tiver interesse como funciona pelo mundo, o Estadão vez um resumo no final da matéria publicada em https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,patinete-eletrico-chega-a-10-capitais-mas-ainda-nao-ha-regulamentacao,70002797348.amp

By IDFM

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