Porque o Tempo parece acelerar quando envelhecemos

    Compartilho com vcs uma mensagem recebida de um amigo (Alexandre Solda) que acho interessante

    Porque o Tempo parece acelerar quando envelhecemos

    O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos.
    Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem
    portas ou janelas, sem relógio… você começará a perder a noção do tempo.

    Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os
    batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.

    Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais

    e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.

    Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar:

    Nosso cérebro é extremamente otimizado.

    Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.

    Um estudo mostrou que um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia.

    Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade.

    Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando

    você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo.

    É quando você se sente mais vivo.

    Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e
    ‘apagando’ as experiências duplicadas.

    Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e
    porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente.

    Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa
    atenção parece ser requisitada ao máximo.

    Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.

    Como acontece?
    Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente);

    O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa, no lugar de repetir realmente a experiência).

    Ou seja, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente.
    Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa são apagados de sua noção de passagem do tempo.

    Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida.

    Conforme envelhecemos as coisas começam a se repetir – as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas
    de televisão, reclamações, -… enfim… as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade,
    fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo.

    Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas
    pessoas, na década.

    Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a…

    ROTINA

    A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas
    ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.

    Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque).

    Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos.

    Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente,

    um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.

    Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia).

    Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais.

    Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma,

    visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites

    diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo.

    Escolha roupas diferentes, não pinte a casa sempre da mesma cor, faça diferente.

    Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes.

    SEJA DIFERENTE! SEJA CRIATIVO!

    Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países,

    veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos…..
    em outras palavras…… V-I-V-A novos Momentos !!!

    Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo.

    E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo,

    muito mais interessante e muito mais v-i-v-o… do que a maioria dos livros da vida que existem por aí.

    Cerque-se de amigos.

    Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes
    e que gostam de comidas diferentes.

    Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é?

    Aproveite este final de ano e planeje um Ano Novo com experiências e atitudes diferentes; assim você expandirá seu tempo e sua consciência.

    (Artigo de Airton Luiz Mendonça do jornal O Estado de São Paulo)

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