2019 – Redes Sociais

 Chegou a vez de minha leitura sobre Redes Sociais, mas especificamente as plataformas do Facebook, Google+, Instagram, Twitter, LinkedIn, YouTube e etc. 
É inegável, as redes sociais vieram para ficar e mudar a forma como as pessoas se relacionam na era digital.
Mas será que estamos chegando ao fim das redes sociais?
Me arrisco a dizer que sim, mas, isso não significa que elas vão desaparecer. Elas deixarão de ser como são hoje. Isso também não acontecerá em 2019, mas…
O Paradoxo
As redes sociais tiveram um papel muito forte para manter o relacionamento com amigos e familiares e para manter convívio pessoal e profissional, principalmente depois que se popularizou o smartphone, deixando as pessoas conectadas constantemente, que motivou as pessoas a interagir constante e a cada momento.
As redes sociais realmente aproximaram quem estava distante, estimulou uma cultura digital, uma cultura de compartilhar e conviver através da telinha.
Em consequência deixaram de existir os encontros, com o convívio social tradicional, ao vivo, olhos nos olhos, pele na pele 😂.
Em resumo, as redes sociais aproxima quem está distante e distancia quem está próximo.
Síndrome da falta de novidades
As redes sociais geraram também a “falta de novidades” para os encontros e convívio da vida social física, passando a não fazer sentido os encontros para colocarmos assunto em dia ou até mesmo para jogar conversa fora.
Quando nos encontramos fisicamente, com pessoas que faziam um tempão que não se encontrava, não temos mais nada de novo para conversarmos, não temos mais experiências para trocarmos, nao temos mais o jogo da sedução, não é mesmo?
As redes sociais também promoveram uma ruptura da cultura da privacidade. Se expor cada vez mais passou a ser um combustível estimulado na “vida digital”, como moeda de troca para a existência das redes sociais e sua existência nas redes sociais.
Numa competição subliminar, gerou uma corrida desenfreada para quem tem mais “amigos” e para quem tem mais likes fizeram as pessoas ter como “amigos”, quando nunca deveriam ter existido na sua vida.
Fizeram as pessoas gerar e repassar muitas coisas sem os mesmos critérios que usam na vida real. As pessoas passaram a agir no automático, como “zumbis das redes sociais”.
Oportunidade de negócio
Alguns souberam tirar proveito e conseguiram despertar o interesse coletivo e estão surfando na onda de influenciadores digitais. Um novo negócio que não existia e tem cada dia mais gente tirando proveito.
Quanto mais audiência, mais likes e mais “amigos”, maior o faturamento, maior o poder de ser canal de publicidade de grandes marcas.
Mas o exagero vai deixar o publico “cansado”.
Fadiga
A fadiga de informação também acontece nas mídias sociais. 
Resultado, aquilo e aqueles que realmente importavam no nosso relacionamento, e as redes sociais facilitaram o contato, passaram a ficar invisíveis num emaranhado de mensagens e publicidades.
Tenho observado, pelo menos no meu circulo de relacionamento mais próximo, que a utilização do Facebook, principal rede social usada, passou a ser algo que já não atrai, muitos tem acessado esporadicamente apenas para não ficar longe do que amigos e familiares estão publicando e para manter-se “vivo” na rede.
Em post que fiz em meados de 2017, eu comentei que minha frequência de acesso ao Facebook tinha reduzido a no máximo 1 por dia, agora, final de 2018 já é frequente passar de 10 a 15 dias sem acessar e não tem feito falta. O desinteresse é real, ou você também não sente o mesmo?
O que percebemos também é que poucas pessoas realmente continuam interagindo, esses poucos não estão publicando praticamente nada próprio, não estão mantendo relacionamentos, não estão tendo mais a convivência ou algo de interesse do relacionamento pessoal.
Uns apenas olham sem ver ou repassam sem criar, os zumbis das redes sociais, zanzando de um lado para o outro sem qualquer destino, sem vida, apenas seguindo outros zumbis ou para onde tem “barulho”.
O que vai acontecer?
🤔 O Abandono No ritmo que vai, em 2019 deverá ser o ano de meu abandono do Facebook. 

Minha presença lá será através de robô que utilizo para replicar os conteúdos que produzo.

Mesmo tendo a presença de usuário, o acesso vai deixar de ser interessante, porque cada dia mais estou sendo suprido pelos grupos de Apps de mensagens que participo e  por meus robôs que coletam o que realmente me interessa, sem ficar sujeito a uma enxurrada de informações que não é do meu interesse.

Enquanto  as redes sociais não disponibilizam Apps de IA que aprendam comigo o que realmente é do meu interesse e faça o filtro, o meu afastamento delas é inevitável.

Acredito que outras pessoas tem o mesmo problema é  devem seguir este mesmo caminho.
🤔 A EstagnaçãoSe as redes sociais não se reinventarem, estarão seguindo uma vocação para serem apenas os campos de guerra da era digital. Os Grupos serão as Trincheiras onde serão travadas as batalhas, onde as armas prediletas continuarão sendo as fake news e robôs.

Serão como cidades abandonadas ou semidestruídos na guerra, com população escondida, onde estarão os armamentos digitais para as batalhas, onde tem muita mina enterradas (notícias, informações, rastros digitais e etc) com poder de destruição e que podem ser usado em novas batalhas, em outro contexto.
Acredito também que vai continuar tendo um papel muito importante para o debate público, da mesma forma que as praças e vias públicas, para servir como palanque e avenida para grandes manifestações ou como outdoor/TV para publicidade.

Mas será que a rede social vai conseguir ser um instrumento para verificar a autenticidade de informações?
🤔Influenciadores Digitais – A fadiga também acontece nas mídias sociais, os “influenciadores digitais” precisam ficar atentos para não passarem a ser mais um monte de conteúdo que se tornam invisível por excesso de exposição.
O uso de vídeo vão continuar sendo o principal instrumento para os influenciadores.

Acredito também que irão se expandir para os Apps de mensagem para atingir o público que não usam ou abandonaram as redes sociais e para não se tornar invisível decorrente da Fadiga de informação do seu público.
🤔 O fim das Redes Sociais – Acredito que o futuro da interação social Digital, passa pelos Apps de mensagens e comunicação direta, não é por menos que WhatsApp, FB Messenger, Telegram estão se destacando na comunicação social Digital.
Acredito também que, os vazamento de informações (por falha ou intencional) que tem acontecido com o Facebook, junto com o cerco que estará se fechando quando a lei de proteção de dados pessoais (GDPR/LGPDP) sendo usada “para valer” pelo mundo afora, o Mark Zuckerberg deverá ser afastado.
Essa é a minha leitura para o futuro do modelo atual de rede social.
E você, tem observado esta mudança de hábito de comunicação?

IDFM
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