Um dia, um viajante chegou ao reino. Ele disse que era um pensador. O rei ficou curioso e o convidou para o seu palácio.
O viajante pediu ao rei que lhe mostrasse um mapa do reino. Ele observou o mapa com atenção e começou a fazer perguntas. Ele perguntou sobre as características geográficas, climáticas, hidrológicas, biológicas, econômicas, sociais e culturais do reino. Ele perguntou sobre as causas, os efeitos, os ciclos, os padrões, as tendências e as mudanças que afetavam o reino. Ele perguntou sobre os recursos, as capacidades, as limitações, as oportunidades e os desafios que o reino enfrentava.
O rei ficou impressionado com as perguntas do viajante. Ele percebeu que o viajante estava tentando entender o reino como um sistema complexo, dinâmico e incerto, e não como um conjunto de partes isoladas, estáticas e certas. Ele percebeu que o viajante estava tentando identificar e analisar os sistemas que compunham o reino, e não apenas os problemas que o afligiam.
O viajante, então, pediu ao rei que lhe desse uma folha de papel e uma caneta. Ele começou a desenhar na folha, usando símbolos, setas, loops e caixas. Ele explicou ao rei que aquele era um modelo, uma representação gráfica e simplificada da realidade do reino. Ele disse que aquele modelo mostrava as principais variáveis, relações, fluxos, feedbacks e equilíbrios que influenciavam o reino e o problema da seca.
O rei ficou surpreso com o desenho do viajante. Ele viu que o viajante estava tentando reconhecer os padrões, as tendências e as mudanças que ocorriam no reino, e não apenas os fatos, os dados e as informações que o descreviam. Ele viu que o viajante estava tentando prever e avaliar os impactos das ações sobre o reino, e não apenas as intenções, as expectativas e as metas que o guiavam. Ele viu que o viajante estava tentando agir de forma integrada e sustentável sobre o reino, e não apenas de forma fragmentada e imediatista.
O viajante, por fim, pediu ao rei que lhe desse uma chance de testar o seu modelo. Ele disse que tinha uma solução para o problema da seca, baseada no seu pensamento. Ele disse que a solução era simples, mas eficaz. Contou para o rei que a solução era plantar mais árvores.
O rei ficou confuso com a solução do viajante. Ele não entendeu como plantar mais árvores poderia resolver o problema da seca. Achou que a solução era muito simples, muito fácil, muito barata e duvidou da eficácia da solução.
O viajante, então, explicou ao rei como plantar mais árvores poderia resolver o problema da seca. Ele usou o seu modelo para mostrar ao rei como as árvores influenciavam o ciclo da água, o clima, a biodiversidade, a agricultura, a economia, a sociedade e a cultura do reino.
Também mostrou como as árvores aumentavam a infiltração, a retenção e a reciclagem da água no solo, reduzindo a evaporação e a erosão e como as árvores reduziam a temperatura, a poluição e o efeito estufa na atmosfera, aumentando a umidade e a precipitação.
Ele mostrou ainda como as árvores abrigavam, alimentavam e protegiam diversas espécies de animais e plantas, aumentando a diversidade e a resiliência e que as árvores forneciam madeira, frutas, flores, sementes e folhas para diversos usos humanos, aumentando a produção e a renda.
Finalizou mostrando como as árvores embelezavam, purificavam e harmonizavam o ambiente, aumentando a saúde e a felicidade.
O rei ficou maravilhado com a explicação do viajante e entendeu como plantar mais árvores poderia resolver o problema da seca. Ele viu que a solução era simples, mas eficaz e reconheceu a genialidade da solução.
Então, o rei decidiu seguir o conselho do viajante e ordenou que se plantassem mais árvores em todo o reino. Mobilizou os seus súditos, os seus soldados, os seus servos, os seus amigos, os seus familiares, para que todos participassem da ação e plantou ele mesmo a primeira árvore, como um gesto simbólico e inspirador.
O viajante ficou satisfeito com a decisão do rei se despediu e partiu para continuar a sua viagem.
Com o passar do tempo, o reino começou a mudar. As árvores cresceram, floresceram, frutificaram. Os rios voltaram a correr, as plantações voltaram a produzir, os animais voltaram a se reproduzir, as pessoas voltaram a sorrir. O reino se tornou mais verde, mais fresco, mais rico, mais feliz. O problema da seca foi resolvido.
O rei ficou feliz com o resultado e perplexo como a forma de pensar do viajante era poderosa.
E assim termina a história do rei que tinha um problema e do viajante que o ajudou a resolver.
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