Você sabia que aprender é uma habilidade que pode ser desenvolvida e melhorada com algumas estratégias simples e eficazes? Aprender melhor não significa apenas memorizar mais informações, mas sim compreender, aplicar e criar conhecimento de forma mais profunda e duradoura.
Aprender melhor também significa ter mais autonomia, confiança e motivação para enfrentar os desafios do mundo atual, que exige cada vez mais competências cognitivas, como raciocínio, criatividade e resolução de problemas.
Mas como aprender melhor? A neurociência, que é a ciência que estuda o funcionamento do cérebro, pode nos ajudar a responder essa pergunta. A neurociência nos mostra como o cérebro aprende e quais são os fatores que influenciam esse processo.
A neurociência também nos oferece algumas dicas práticas de como podemos otimizar o nosso aprendizado, usando estratégias baseadas em evidências científicas.
Neste artigo, vamos apresentar 5 estratégias de aprendizagem baseadas na neurociência que vão turbinar as suas habilidades cognitivas. Essas estratégias são:
- Usar a atenção seletiva para focar no que é relevante e ignorar o que é distrativo.
- Usar a repetição espaçada para consolidar as informações na sua memória de longo prazo.
- Usar a elaboração para conectar as informações novas com as que você já sabe.
- Usar a recuperação para testar o seu conhecimento e identificar as suas lacunas.
- Usar a metacognição para monitorar e regular o seu processo de aprendizagem.
Vamos ver como cada uma dessas estratégias funciona e como você pode colocá-las em prática.
Use a atenção seletiva para focar no que é relevante e ignorar o que distrai
A atenção é a capacidade de selecionar e manter o foco em um estímulo relevante, ignorando os demais. A atenção é essencial para aprender porque permite filtrar as informações mais importantes e processá-las de forma mais profunda. Sem atenção, não há aprendizagem.
No entanto, a atenção é um recurso limitado e escasso. O nosso cérebro não consegue prestar atenção em tudo ao mesmo tempo, nem manter o foco por muito tempo. Além disso, a atenção é facilmente desviada por estímulos externos ou internos, como ruídos, notificações, pensamentos ou emoções.
Por isso, para aprender melhor, precisamos usar a atenção seletiva, que é a habilidade de concentrar-se no que é relevante para o nosso objetivo e ignorar o que é irrelevante ou distrativo. A atenção seletiva nos ajuda a evitar a sobrecarga cognitiva, que ocorre quando o nosso cérebro recebe mais informações do que consegue processar.
Como usar a atenção seletiva para aprender melhor? Aqui vão algumas dicas:
- Escolha um ambiente adequado para estudar. Prefira um lugar silencioso, iluminado e confortável, onde você possa se isolar dos ruídos e das interrupções. Evite estudar na cama, na frente da TV ou perto de janelas.
- Elimine as fontes de distração. Desligue ou silencie o celular, o computador e outros aparelhos eletrônicos. Feche as abas desnecessárias do navegador. Avise as pessoas que você está estudando e peça para não ser incomodado.
- Faça pausas regulares. A atenção tem um limite de tempo e tende a diminuir com o uso prolongado. Por isso, é importante fazer pausas curtas e frequentes para descansar o cérebro e recuperar o foco. Uma técnica recomendada é a Pomodoro, que consiste em estudar por 25 minutos e fazer uma pausa de 5 minutos, repetindo esse ciclo quatro vezes e depois fazendo uma pausa maior de 15 a 30 minutos.
- Varie os estímulos. A atenção também tende a diminuir com a monotonia e a repetição. Por isso, é importante variar os estímulos que você usa para estudar, como textos, imagens, vídeos, áudios, jogos, etc. Isso ajuda a manter o interesse e a curiosidade pelo assunto.
- Relacione o que você está estudando com o seu propósito. A atenção também é influenciada pela motivação e pelo significado que damos ao que estamos aprendendo. Por isso, é importante relacionar o que você está estudando com o seu propósito, seja ele pessoal ou profissional. Pense em como aquele conteúdo pode ser útil ou relevante para a sua vida, para os seus objetivos ou para os seus valores.
Use a repetição para consolidar as informações na sua memória de longo prazo
A memória é a capacidade de armazenar e recuperar as informações que aprendemos. A memória é fundamental para aprender porque permite reter e acessar o conhecimento adquirido. Sem memória, não há aprendizagem.
No entanto, a memória não é um depósito fixo e estável. A memória é um processo dinâmico e sujeito a interferências e esquecimentos. O nosso cérebro não consegue guardar todas as informações que recebe, nem mantê-las por muito tempo. Além disso, a memória é afetada por fatores como atenção, emoção, sono, estresse, etc.
Por isso, para aprender melhor, precisamos usar a repetição espaçada, que é a estratégia de revisar as informações que aprendemos em intervalos regulares e crescentes. A repetição espaçada nos ajuda a evitar o esquecimento e a consolidar as informações na nossa memória de longo prazo.
Como usar a repetição espaçada para aprender melhor? Aqui vão algumas dicas:
- Revise o que você aprendeu logo após o estudo. A primeira revisão deve ser feita logo após o estudo, preferencialmente no mesmo dia. Isso ajuda a fixar as informações na sua memória de curto prazo e a preparar o terreno para as revisões posteriores.
- Revise o que você aprendeu em intervalos crescentes. As revisões seguintes devem ser feitas em intervalos cada vez maiores, seguindo uma progressão geométrica. Por exemplo, se você revisou no mesmo dia do estudo, a próxima revisão pode ser feita em um dia depois, depois em dois dias depois, depois em quatro dias depois, e assim por diante. Isso ajuda a transferir as informações da sua memória de curto prazo para a sua memória de longo prazo e a fortalecer as conexões neurais.
- Use um sistema de gerenciamento de revisões. Para facilitar o controle das revisões, você pode usar um sistema de gerenciamento de revisões, que pode ser manual ou digital. Um sistema manual pode ser uma agenda ou um calendário, onde você anota as datas das revisões e os conteúdos que precisa revisar. Um sistema digital pode ser um aplicativo ou um software, como o Anki ou o Quizlet, que usam algoritmos baseados na curva do esquecimento para programar as revisões automaticamente.
- Use técnicas de memorização. Para tornar as revisões mais eficientes e divertidas, você pode usar técnicas de memorização, como associações, mnemônicos, acrônimos, rimas, músicas, etc. Essas técnicas ajudam a criar imagens mentais mais vívidas e marcantes das informações que você quer lembrar.
Use a elaboração para conectar as informações novas com as que você já sabe
A compreensão é a capacidade de entender o significado e a lógica das informações que aprendemos. A compreensão é indispensável para aprender porque permite construir conhecimento de forma coerente e crítica. Sem compreensão, não há aprendizagem.
No entanto, a compreensão não é algo automático e superficial. A compreensão é algo ativo e profundo. O nosso cérebro não absorve passivamente as informações que recebe, mas sim as processa ativamente em busca de sentido e relevância. Além disso, o nosso cérebro não armazena as informações isoladamente, mas sim as organiza em redes hierárquicas e integradas.
Por isso, para aprender melhor, precisamos usar a elaboração, que é a estratégia de conectar as informações novas com as que já sabemos. A elaboração nos ajuda a construir uma base de conhecimento sólida e coerente, que facilita a compreensão e a aplicação do que aprendemos.
Como usar a elaboração para aprender melhor? Aqui vão algumas dicas:
- Relacione o que você está aprendendo com o seu conhecimento prévio. Antes de estudar um assunto novo, ative o seu conhecimento prévio sobre ele, ou seja, tudo o que você já sabe ou já ouviu falar sobre ele. Depois, tente estabelecer conexões entre o que você está aprendendo e o que você já sabe, buscando semelhanças, diferenças, causas, consequências, exemplos, etc. Isso ajuda a integrar as informações novas na sua rede de conhecimento existente e a evitar contradições ou confusões.
- Relacione o que você está aprendendo com o seu contexto. Além de relacionar o que você está aprendendo com o seu conhecimento prévio, tente também relacionar o que você está aprendendo com o seu contexto, ou seja, tudo o que está ao seu redor ou faz parte da sua realidade. Pense em como aquele assunto se aplica ou se manifesta no seu cotidiano, na sua profissão, na sua sociedade, na sua cultura, etc. Isso ajuda a dar sentido e relevância ao que você está aprendendo e a estimular a sua curiosidade e motivação.
- Explique o que você está aprendendo com as suas próprias palavras. Uma forma eficaz de elaborar o que você está aprendendo é explicar o assunto com as suas próprias palavras, como se você estivesse ensinando para alguém. Você pode fazer isso oralmente ou por escrito, usando uma linguagem simples e clara. Isso ajuda a verificar se você entendeu bem o assunto e a identificar as suas dúvidas ou dificuldades. Além disso, ao reformular o assunto com as suas próprias palavras, você cria uma representação mental mais pessoal e memorável dele.
Use a recuperação para testar o seu conhecimento e identificar as lacunas
A aplicação é a capacidade de usar as informações que aprendemos em situações novas ou diferentes. A aplicação é imprescindível para aprender porque permite demonstrar e consolidar o conhecimento adquirido. Sem aplicação, não há aprendizagem.
No entanto, a aplicação não é algo fácil e imediato. A aplicação é algo desafiador e gradual. O nosso cérebro não consegue usar automaticamente as informações que aprende, mas sim precisa de prática e feedback para transferi-las para outros contextos. Além disso, o nosso cérebro não consegue usar todas as informações que aprende da mesma forma, mas sim depende do nível de domínio e de complexidade delas.
Por isso, para aprender melhor, precisamos usar a recuperação, que é a estratégia de testar o nosso conhecimento em situações novas ou diferentes. A recuperação nos ajuda a demonstrar e consolidar o que aprendemos, além de identificar as nossas lacunas e corrigir os nossos erros.
Como usar a recuperação para aprender melhor? Aqui vão algumas dicas:
- Faça exercícios práticos. Uma forma eficiente de recuperar o que você aprendeu é fazer exercícios práticos sobre o assunto. Você pode fazer exercícios de fixação, como questões objetivas ou subjetivas, ou exercícios de aplicação, como problemas ou casos reais. Isso ajuda a verificar se você consegue lembrar e usar as informações que aprendeu em situações diferentes das que você estudou.
- Faça simulados ou provas. Outra forma eficaz de recuperar o que você aprendeu é fazer simulados ou provas sobre o assunto. Você pode fazer simulados ou provas oficiais, como vestibulares ou concursos, ou simulados ou provas elaborados por você mesmo ou por outras pessoas. Isso ajuda a verificar se você consegue lembrar e usar as informações que aprendeu em situações semelhantes às que você será avaliado.
- Use cartões de estudo. Uma forma simples e divertida de recuperar o que você aprendeu é usar cartões de estudo, também chamados de flashcards. Os cartões de estudo são pequenos pedaços de papel ou digitais, que contêm uma pergunta ou uma informação de um lado e a resposta ou a explicação do outro. Você pode usar os cartões de estudo para testar o seu conhecimento de forma rápida e frequente, virando os cartões e conferindo as respostas. Você pode fazer os seus próprios cartões de estudo ou usar aplicativos ou softwares, como o Anki ou o Quizlet, que usam algoritmos baseados na curva do esquecimento para programar as revisões automaticamente.
Use a metacognição para monitorar e regular a sua aprendizagem
A metacognição é a capacidade de pensar sobre o nosso próprio pensamento e sobre o nosso próprio aprendizado. A metacognição é primordial para aprender porque permite planejar, monitorar e regular o nosso processo de aprendizagem. Sem metacognição, não há aprendizagem.
No entanto, a metacognição não é algo natural e espontâneo. A metacognição é algo consciente e intencional. O nosso cérebro não tem uma percepção precisa e automática do nosso próprio pensamento e do nosso próprio aprendizado, mas sim precisa de reflexão e avaliação para desenvolvê-la. Além disso, o nosso cérebro não tem uma atitude passiva e conformista diante do nosso próprio pensamento e do nosso próprio aprendizado, mas sim precisa de ação e mudança para aprimorá-los.
Por isso, para aprender melhor, precisamos usar a metacognição, que é a estratégia de pensar sobre o nosso próprio pensamento e sobre o nosso próprio aprendizado. A metacognição nos ajuda a planejar, monitorar e regular o nosso processo de aprendizagem, tornando-o mais eficiente e eficaz.
Como usar a metacognição para aprender melhor? Aqui vão algumas dicas:
- Planeje o seu processo de aprendizagem. Antes de iniciar o seu estudo, faça um planejamento do seu processo de aprendizagem. Defina os seus objetivos, as suas estratégias, os seus recursos, os seus prazos, etc. Isso ajuda a organizar e otimizar o seu tempo e o seu esforço.
- Monitore o seu processo de aprendizagem. Durante o seu estudo, faça um monitoramento do seu processo de aprendizagem. Observe os seus pensamentos, as suas emoções, as suas ações, os seus resultados, etc. Isso ajuda a identificar os seus pontos fortes e fracos, as suas dúvidas e dificuldades, os seus avanços e retrocessos.
- Regule o seu processo de aprendizagem. Após o seu estudo, faça uma regulação do seu processo de aprendizagem. Avalie os seus objetivos, as suas estratégias, os seus recursos, os seus prazos, etc. Isso ajuda a corrigir os seus erros, a superar os seus desafios, a celebrar os seus sucessos.
Como colocar em prática
Neste artigo, você aprendeu 5 estratégias de aprendizagem baseadas na neurociência que vão turbinar as suas habilidades cognitivas. Essas estratégias são:
- Usar a atenção seletiva para focar no que é relevante e ignorar o que é distrativo.
- Usar a repetição espaçada para consolidar as informações na sua memória de longo prazo.
- Usar a elaboração para conectar as informações novas com as que você já sabe.
- Usar a recuperação para testar o seu conhecimento e identificar as suas lacunas.
- Usar a metacognição para monitorar e regular o seu processo de aprendizagem.
Mas como colocar em prática essas estratégias? A resposta é simples: praticando! Não basta apenas conhecer essas estratégias teoricamente, é preciso aplicá-las na prática. Por isso, sugerimos que você escolha um assunto que você quer aprender ou revisar e use essas estratégias para estudá-lo. Você vai perceber que elas vão facilitar e melhorar o seu aprendizado.
E quais são os benefícios de aprender melhor? A resposta é muitos. Aprender melhor não só vai ajudar você a ter um melhor desempenho nos seus estudos, mas também vai trazer benefícios para a sua vida pessoal e profissional. Aprender melhor vai:
- Ampliar o seu repertório cultural e intelectual, tornando você uma pessoa mais informada, culta e interessante.
- Desenvolver o seu pensamento crítico e criativo, tornando você uma pessoa mais capaz de analisar, questionar, resolver e inovar.
- Aumentar a sua autoestima e autoconfiança, tornando você uma pessoa mais segura, satisfeita e feliz.
- Melhorar a sua saúde física e mental, tornando você uma pessoa mais saudável, equilibrada e resiliente.
- Abrir novas oportunidades e possibilidades, tornando você uma pessoa mais preparada, competitiva e bem-sucedida.
Agora que você sabe como aprender melhor, não perca tempo e coloque em prática essas dicas! Aprender é uma aventura fascinante que nunca termina. Descubra o seu potencial e surpreenda-se com os resultados!
Espero que você tenha gostado deste artigo e que ele tenha sido útil para você. Se você gostou, por favor, deixe o seu like, o seu comentário e compartilhe com os seus amigos. Isso vai me ajudar muito a continuar produzindo conteúdos de qualidade para você. Muito obrigado pela sua atenção e até a próxima! 😊
By IDFM