A COP30 é muito mais que uma conferência: é o palco onde governos, sociedade civil, instituições multilaterais e o Brasil como país anfitrião convergem para definir o rumo da agenda climática global. Entenda quem são esses protagonistas e a importância da participação de cada setor.
Confira neste artigo:
👥 Chefes de Estado e Governança Global
Os chefes de Estado são protagonistas chave na COP30, responsáveis por dar o tom político e a orientação estratégica para as negociações climáticas globais.
A cúpula dos líderes marcará os compromissos mais elevados e sinalizará prioridades para as próximas ações climáticas.Quais líderes são esperados na COP30?
São esperados cerca de 57 chefes de Estado, entre presidentes, primeiros-ministros e monarcas, de diferentes continentes e economias, incluindo países desenvolvidos e em desenvolvimento, reforçando a amplitude da conferência.Como a governança global influencia as negociações?
A governança global, por meio de tratados, acordos e organizações multilaterais, atua para equilibrar interesses diversos e promover um acordo global que respeite responsabilidades comuns, mas diferenciadas, buscando a redução efetiva das emissões e o apoio a países vulneráveis.
🌱 Sociedade Civil e Organizações Observadoras
A participação da sociedade civil na COP30 é histórica e ampliada, refletindo a diversidade e a voz das comunidades mais impactadas pela crise climática. O Brasil articula a maior participação indígena da história das COPs, com estimativa de cerca de três mil integrantes de povos originários, mil deles diretamente nas negociações oficiais, e o restante em espaços de observação e mobilização social.Quem são as novas organizações observadoras em 2025?
Em 2025, novas organizações indígenas, coletivos de juventude e associações científicas foram reconhecidas como observadoras, ampliando a representatividade. Destaca-se a Comissão Internacional Indígena para a COP30, presidida pela ministra dos Povos Indígenas do Brasil, Sonia Guajajara, que agrega diferentes plataformas indígenas e localizações geográficas para fortalecer o protagonismo destes povos.Como os movimentos indígenas e juventude atuam na COP30?
Os movimentos indígenas organizam a “Aldeia COP”, espaço que funciona como uma verdadeira comunidade de diálogo e resistência cultural, congregando cerca de 3 mil indígenas de diferentes regiões, especialmente da Amazônia. Jovens ativistas ambientas levam sua voz por meio de protestos, painéis e participação em fóruns paralelos, exigindo justiça climática, proteção territorial e políticas inclusivas.
💡 “Qual o impacto real dessa participação ampliada da sociedade civil nas negociações oficiais da COP30?”
🏛️ Instituições e Organismos Multilaterais
Instituições multilaterais desempenham papel vital para o sucesso da COP30, fornecendo estrutura, financiamento, expertise técnica e coordenação global. Organizações como a ONU, Banco Mundial, FMI e agências especializadas apoiam o avanço dos compromissos e facilitam diálogos construtivos entre países.Qual a função dos grupos de ativação?
Os grupos de ativação são coalizões que reúnem representantes de governos, setor privado, academia e sociedade civil, com o objetivo de acelerar o cumprimento dos 30 objetivos da Agenda de Ação da COP30. Eles operacionalizam iniciativas que transformam compromissos em práticas concretas de mitigação, adaptação e justiça climática.Como a Agenda de Ação transforma as negociações?
A Agenda de Ação complementa as negociações formais com compromissos voluntários e iniciativas colaborativas, promovendo inovação, parcerias público-privadas e mobilização de investimentos. Essa dinâmica fortalece a implementação dos acordos e amplia o impacto das decisões tomadas na Conferência.
💡 “Como as instituições multilaterais influenciam a efetividade e o financiamento das ações climáticas globais na COP30?”
🏢 Setor Privado e a Transição Climática
O setor privado desempenha papel fundamental na COP30, sendo convocado para liderar a transição energética e fomentar soluções práticas alinhadas ao Acordo de Paris. Empresários e indústrias são incentivados a adotar planos de sustentabilidade, avaliar riscos climáticos e se engajar em parceria com governos e investidores para ampliar o impacto das ações climáticas.Qual o papel do setor privado na COP30?
O setor privado está encarregado de transformar compromissos políticos em ações concretas, por meio de inovação, investimentos e parcerias. A Presidência da COP30 lançou uma Agenda de Ação robusta, com 30 objetivos organizados em eixos como transição energética, sistemas alimentares e biodiversidade, onde o setor atua diretamente.Como o setor privado vem se preparando para o evento?
Empresas de mais de 60 países consolidaram 23 prioridades para apoiar as negociações, apresentando cases de sucesso e criando coalizões que ampliam esforços para descarbonização e economia verde. Além disso, o setor busca maior diálogo e coerência regulatória para garantir investimentos e segurança jurídica.
💡 “Como a atuação do setor privado pode acelerar a implementação das soluções climáticas discutidas na COP30?”
Como país anfitrião da COP30, o Brasil tem papel central na presidência, coordenando as negociações multilaterais, promovendo a participação cidadã e fortalecendo o engajamento nacional e internacional na agenda climática. A presidência brasileira visa mediar interesses para alcançar acordos equilibrados e ações concretas.Quem é Ana Toni e qual seu papel?
Ana Toni é uma renomada ativista e pesquisadora, responsável por articular a participação da sociedade civil na COP30. Seu papel inclui garantir transparência, inclusão e diálogo entre governos, movimentos sociais, povos indígenas e demais atores, potencializando a representatividade e a legitimidade do evento.Como o Brasil articula a participação cidadã?
O Brasil promove ampla mobilização social por meio de consultas públicas, fóruns regionais, seminários e iniciativas educativas. A integração dos povos indígenas é destaque, com esforços para que suas vozes sejam ouvidas na “Aldeia COP” e nas negociações oficiais, reforçando um processo democrático e plural.
💡 “De que forma a presidência brasileira pode influenciar o sucesso da COP30 e promover ações concretas para o clima?”
🇧🇷 Brasil: Presidência e Atuação Local
O Brasil destaca-se não apenas como sede da COP30, mas por ampliar e estruturar a participação cidadã no processo climático. Através da plataforma pública Brasil Participativo, a sociedade civil tem voz ativa, garantindo que ideias, soluções e mobilizações locais estejam refletidas nas discussões e decisões da conferência.Quem é Ana Toni e qual seu papel?
Ana Toni atua como coordenadora da participação da sociedade civil na COP30, promovendo diálogo inclusivo entre governos, movimentos sociais e povos indígenas, ampliando transparência e representatividade.Como o Brasil articula a participação cidadã?
O país lançou o processo participativo nacional com seminários, consultas públicas e credenciamento aberto para organizações sociais integrarem a delegação oficial. Essa inovação reconhece a importância de democratizar o debate climático, algo inédito em conferências anteriores.
💡 “De que forma a participação cidadã pode impactar as decisões da COP30 e garantir maior justiça climática?”
🇧🇷 Quem é Ana Toni e qual seu papel na COP30?
Ana Toni é a CEO e diretora-executiva da COP30, além de secretária nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente do Brasil. Com mais de 25 anos de experiência em temas ambientais, filantropia e advocacy, ela é uma das principais articuladoras da conferência, responsável por coordenar a participação da sociedade civil e garantir que a agenda de ação esteja alinhada com os compromissos globais.Experiência e trajetória
Antes de assumir a chefia da COP30, Ana Toni foi diretora executiva do Instituto Clima e Sociedade, presidente do conselho do Greenpeace Internacional e atuou em fundações como Ford e ActionAid no Brasil. Também exerce conselhos em diversas organizações nacionais e internacionais ligadas à sustentabilidade, transparência e direitos humanos.Papel na organização e condução da COP30
Ana Toni coordena o processo de diálogo entre governos, sociedade civil, povos indígenas e demais atores, promovendo transparência e inclusão. Ela lidera a construção da agenda climática da COP30, garantindo que os compromissos sejam concretos e que as vozes das comunidades mais impactadas sejam consideradas nas decisões.
💡 “Como Ana Toni tem influenciado a dinâmica da COP30 e a ampliação do protagonismo da sociedade civil no evento?”
Quem Realmente Decide o Destino do Clima?
A COP30 é um evento plural, complexo e repleto de desafios, onde participam líderes mundiais, sociedade civil, instituições multilaterais e o Brasil como anfitrião. Seus resultados dependerão da capacidade de diálogo, compromisso e ação concreta de todos os atores envolvidos. Estes desafios incluem a transição energética, a proteção das florestas, financiamento climático, justiça social e o papel decisivo da ciência.
Mas talvez a chave para o sucesso esteja em mudar o ponto de vista: e se as perguntas que temos feito durante anos não forem as mais importantes? O convite que fica é para que cada cidadão, empresa e governo reflita sobre seu papel e potencial de influência, deixando claro que a verdadeira transformação climática começa pela ação consciente e compartilhada.
“Na governança climática, o protagonismo compartilhado é a chave para a mudança real.”
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